Após mais de quinze dias do último jogo no Módulo II do Campeonato Mineiro, o Tupi tem pendências com alguns atletas e funcionários que trabalharam no alvinegro durante a competição. Ao longo dos últimos dias, a Tribuna ouviu quatro jogadores e mais um funcionário do clube, que, no momento, aguardam o cumprimento do acordo e o pagamento de verbas atrasadas por parte do clube. A reportagem também procurou o presidente do Tupi, Eloísio Siqueira, o “Tiquinho”, que admitiu os atrasos nos salários e garantiu o pagamento em breve.
“O salário está atrasado, mas tem quinze dias que acabou o campeonato, e isso não é nada para o futebol. Já pagamos uns, e outros estamos tentando. A honra do Tupi vai pagar, pode ter certeza. Não posso dar previsão, porque se eu falo amanhã e não dá (para pagar), seria mentira. Mas vai ser tudo pago”, garante o presidente.
Dos quatro atletas ouvidos pela reportagem, dois deles revelaram que não receberam o último salário ao qual têm direito, mas não entraram em detalhes, assim como o funcionário. Um outro jogador, que prefere não ser identificado, diz que “antes do último jogo, pagaram alguns, que disseram que não iriam jogar (caso não houvesse pagamento). Mas outros, até hoje, ainda não. É difícil pra quem tem família, dependemos desse dinheiro, precisamos pagar as contas e eles ficam só enrolando”. Esse atleta ainda afirma que, além dos quinze dias que o Tupi deveria pagar referentes ao mês de junho, o salário do mês de maio também não foi acertado.
Já o quarto atleta também reforça que os salários estão atrasados e alertou para outro problema. No caso dele, a pendência ficou por conta da falta de pagamento referente à rescisão do contrato, uma vez que ele deixou o clube antes do final do estadual.
O Tupi terminou sua participação no Módulo II do Campeonato Mineiro na décima colocação, uma posição acima da zona de rebaixamento. O Galo Carijó teve três vitórias, dois empates e seis derrotas nos 11 jogos disputados. Nesse período, também houve momentos de turbulência nos bastidores alvinegros, como declaração forte de jogador contra o antigo treinador, além de atletas atuando no futebol de várzea.