O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) determinou o banimento temporário por dois anos das torcidas organizadas Máfia Azul, do Cruzeiro, e Galoucura, do Atlético-MG, em virtude do confronto entre elas em Belo Horizonte no sábado (2). A ocorrência resultou na morte de um dos envolvidos por disparos de arma de fogo e lesões em outros dois torcedores.
Com a restrição, as organizadas estão proibidas de frequentar estádios no território nacional e seus respectivos entornos nos dias de jogos, respeitando um raio de cinco mil metros, por analogia ao artigo 201, parágrafo 1º, inciso I, da Lei Geral do Esporte – Lei 14.597/23.
A punição prevê a proibição do uso, porte e exibição de qualquer vestimenta, faixa, bandeira, instrumento musical ou qualquer objeto que possa caracterizar a presença da torcida nos estádios ou seus respectivos entornos nos dias de jogos. A recomendação do Ministério Público ainda depende de ratificação por parte da Federação Mineira de Futebol (FMF), devendo ser publicada no site da entidade e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), fazendo constar que se trata de resolução das entidades organizadoras dos campeonatos de futebol que tenham a participação do Cruzeiro e do Atlético-MG.
Além da restrição de frequentar os estádios no Brasil, as torcidas organizadas Máfia Azul e Galoucura permanecem proibidas de, nos dias de jogos de Cruzeiro e Atlético, utilizarem as respectivas sedes, sob pena de multa no valor de R$ 50 mil, conforme Termos de Ajustamento de Conduta firmados em fevereiro de 2008.
Problema recorrente
As torcidas organizadas possuem históricos de punições recentes. A Galoucura, que retornou de punição de um ano, seguida de outra de três meses, em 2022 e 2023, está banida temporariamente até 4 de março de 2026. Já a Máfia Azul, que havia sido banida temporariamente até março de 2026, cumprirá o novo banimento entre 15 de março de 2026 e 15 de março de 2028.