A equipe de futebol americano dos JF Imperadores encerra o ano de 2017, o primeiro de sua existência, com muitos motivos para comemorar, o principal deles o título da Conferência Sudeste da Liga Nacional, que deu para o time a vaga em 2018 no Brasil Futebol Americano (BFA), a principal liga do esporte no país. Por isso, uma série de atividades está marcada para este domingo (3) no Império Day, com várias atividades para encerrar um ciclo e já pensar no próximo.
As primeiras atividades acontecem no estádio da UFJF a partir das 9h30, com a equipe feminina disputando um amistoso na categoria flag com o BH Eagles. Em seguida, às 10h30, os atletas recebem as taças pelo título da Conferência e o terceiro lugar na Liga Nacional. Às 11h, os Imperadores encaram amistoso com os Flamengo Imperadores, uma das principais equipes da BFA. À tarde, a partir das 15h, o Cultural recebe o “Samba da Corte”, feijoada que contará com shows do Samba do Morro e Skalhambeks.
Para o presidente dos JF Imperadores, Laércio Azalim, as atividades deste domingo vão servir, primeiramente, como um presente para os torcedores que incentivaram a equipe nos jogos em casa, com um público médio de 1.500 espectadores. Já o amistoso contra o Flamengo é considerada uma prévia do que os Imperadores irão enfrentar em 2018. “Independente do resultado, se conseguiríamos o acesso ou não, a gente tinha em mente fazer este evento no final do ano, porque tivemos poucas partidas em casa, e assim podemos nos aproximar dos torcedores”, diz Laércio.
Com a vaga no BFA, então, a festa será maior ainda, marcando uma temporada de grandes resultados. “Temos uma satisfação muito grande por chegarmos ao final do ano com os objetivos alcançados, tanto dentro quanto fora de campo”, acrescenta. “A festa só fica mais completa com essa sensação de dever cumprido”, destaca Laércio.
Quatro desafios propostos e cumpridos
Os objetivos principais, lembra, eram quatro: consolidar a unificação das duas equipes da cidade, Mamutes e Red Fox; quebrar o paradigma do esporte em Juiz de Fora; conseguir notoriedade com o público e imprensa; e conseguir a vaga para o Brasil Futebol Americano.
“Saímos do início de 2017 com duas equipes sem notoriedade e montamos um grupo competitivo, foi um grande desafio acabar com as rivalidades. Também tivemos que quebrar paradigmas como o de que o futebol americano estraga o gramado, por isso foi muito bom ver a UFJF se tornar nossa casa e ver as arquibancadas sempre lotadas. Ver que tínhamos terreno fértil foi mais importante que o próprio acesso.”
Quanto ao elenco em si, a união de Mamutes e Red Fox foi importante para aumentar o nível técnico, que foi reforçado com a chegada de atletas de fora como quarterback norte-americano KC Frost, que já havia atuado em outras equipes do país. “A chegada deles cumpriu outro objetivo, que era aumentar nosso conhecimento técnico, algo que vai ficar mesmo que alguns deles não continuem conosco”, ressalta Laércio.
Atletas e torcedores ‘compraram’ a ideia
Outro ponto vital para o sucesso dos Imperadores, acrescenta, foi a união entre os atletas locais, que despiram-se de qualquer tipo de vaidade. “Desde o início trabalhamos preparados para eventuais conflitos, e um dos pontos positivos foi o fato do projeto ter sido abraçados por todos. Não precisamos colocar em prático eventuais planos para acabar com qualquer tipo de conflito.”
“Todos tinham a consciência de que Juiz de Fora não era um polo de futebol americano, e que os caras que vieram de fora ajudaram a elevar o nosso patamar”, afirma. “Os jogadores daqui entenderam e compraram essa ideia, quem ficou de fora sabia que isso ajudaria na própria evolução, tanto que muitos deles se tornaram titulares durante o campeonato.”
Um dos desafios, atrair o público, foi alcançado com a preocupação de oferecer algo mais que apenas os 22 jogadores se enfrentando para marcar touchdowns. “Procuramos fazer o que estava carente nos eventos esportivos de Juiz de Fora. Pensamos no conforto do espectador para que ele voltasse, então oferecemos todo um aparato para que ele se divertisse além da partida e quisesse voltar, com food trucks, distribuição de figurinhas de jogadores da NFL (a maior e mais popular liga profissional de futebol americano) e shows, entre outros.”
2018 vem aí
Com as dificuldades enfrentadas – e superadas – tanto no âmbito público quanto particular, os JF Imperadores sabem que é questão de tempo para ter um alcance maior de público, o que rende maior visibilidade – e apoio. “Isso torna mais rentável para quem investe”, comenta Laércio, que já sabe alguns dos desafios para 2018: após o try out, em janeiro, os Imperadores entram em campo no mês de março para disputar o Campeonato Mineiro, que terá 12 equipes, e o Brasil Futebol Americano a partir de julho, quando será um dos três mineiros entre as 32 melhores equipes de futebol americano do Brasil.