Após a terceira melhor campanha geral na fase de grupos da segunda divisão do Campeonato Mineiro sub-15 e sub-17 e pausa para a Copa do Mundo e Taça BH, o Futebol UFJF/Asepel inicia neste sábado (4) o que os responsáveis pelas equipes locais consideram ser um novo campeonato. Trata-se do octogonal final da competição estadual, com sete adversários, e que, após confrontos de ida e volta, leva os três melhores à elite de base estadual. O primeiro desafio será diante do Minas Boca no Estádio Municipal de Ibirité, às 9h no sub-15, e às 11h no sub-17.
Na etapa classificatória, os meninos da categoria mais jovem, sob comando do técnico Thadeu Rodrigues, foram os terceiros colocados do grupo com 14 pontos somados (ver quadro). Já os mais velhos lideraram a chave em campanha invicta sob a batuta do treinador Alex Nascif. Apesar da trajetória sem derrotas, ele admitiu que esperava uma maior evolução dos jovens e alertou sobre a necessidade de esquecer os resultados passados.
“É um outro campeonato, e venho mostrando isso para eles. Em 2016, o Nacional de Muriaé foi o primeiro colocado no sub-17 com 18 pontos em 18 disputados e terminou a segunda fase em terceiro. Nem brigou pelo título. Falo para eles que a primeira fase não vale nada para a seguinte. Relatos não irão faltar para que estejam preparados para essa armadilha. Os últimos campeões tiveram aproveitamento acima de 73% nos últimos três anos nessa competição. Nós tivemos 70% em 2016 e fomos vice-campeões. Então eles já sabem tudo o que os espera no campeonato”, garante Nascif.
O duelo em Ibirité pode marcar, para Thadeu, um período de menores oscilações, consideradas naturais pela idade dos garotos que atuam, em muitos casos, pela primeira vez num campeonato fora da cidade. “Começamos bem a competição vencendo dois jogos e passamos a oscilar muito tanto em resultado, quanto em desempenho, o que nos deixou um pouco preocupados. Mas no fim voltamos a desempenhar bem e chegamos à final da Liga (de base de JF), o que nos deixa mais esperançosos. Recuperamos atletas nesse tempo, recebemos alguns de seletiva e deu para trabalhar muito bem o grupo, colocar novas experiências de jogo. Foi produtivo, e acho que deu para conseguir talvez essa regularidade e solidez nessa parada”, avalia Thadeu.
Sem um elevado número de informações dos adversários, a não ser por relatos de amigos da área na região, a equipe deve ter o Estádio Municipal como casa nesta etapa decisiva, fator comemorado. “É excelente. Jogamos um futebol que necessita de um gramado bom. E o Estádio Municipal é o melhor palco de Juiz de Fora e um dos melhores do Brasil”, destaca Nascif.
‘Contra-ferramentas’ e defesa quase intransponível
Um dos destaques da campanha juiz-forana até aqui é a eficiência defensiva do time sub-17. Em oito jogos, o time marcou 20 gols e sofreu apenas dois. Capitão da equipe, o zagueiro Thiago Souza, 17 anos, vê o sistema de marcação como o alicerce para o título. “O nosso forte é a defesa. O Nascif mesmo fala que ataques fortes ganham jogos, mas defesas fortes vencem campeonatos, então tentamos sempre estar bem e acabamos passando confiança para os outros, porque se o atacante precisar correr atrás do placar fica mais difícil, mas se precisar apenas fazer o dele, facilita”, explica.
A competição
No octogonal, as equipes sub-15 e sub-17 disputam partidas em suas faixas etárias com pontuações separadas em busca dos títulos. O acesso, contudo, só é definido após turno e returno com a soma das pontuações das duas categorias. Os três maiores pontuadores conquistam vaga na elite mineira.
A especificidade de depender não apenas de si, mas também da campanha da equipe na outra faixa etária gera uma sensação diferente, como explica Nascif. “Às vezes parece um pouco egoísta falar que queremos ser campeões. Para o projeto, primeiro buscamos o acesso. Mas como as campanhas das duas categorias só juntam pelo acesso, e não pelo título, nosso pensamento é o de ser campeão. Isso deve fazer a gente subir, mesmo eu acreditando que o sub-15 também terá êxito.”