A boxeadora Beatriz Ferreira segue invicta no boxe profissional. No sábado (1º), ela venceu a mexicana Karla Zamora por decisão unânime dos juízes em Sheffield, na Inglaterra, e somou a terceira vitória no cartel profissional. Baiana radicada em Juiz de Fora, Bia é a única lutadora brasileira a manter uma carreira híbrida no pugilismo.
Diferentemente dos compromissos anteriores no boxe profissional, a luta de sábado foi a mais longa da carreira de Bia Ferreira. Foram oito rounds contra a mexicana e, dessa vez, o nocaute não veio até o final do confronto. Entretanto, a baiana foi dominante durante toda a luta e a vitória veio com o placar de 80 a 72 determinado pelos juízes.
“Foi uma guerra, a mexicana é uma adversária muito experiente. Foi um show de boxe, eu estava me sentindo muito forte. Eu tentei buscar o nocaute, que não aconteceu”, avaliou a lutadora. “Acho que até valeu ter lutado os oito rounds para poder sentir, foi a primeira vez que eu fui lutar oito rounds e lutei bem do começo ao fim. Estou preparada para isso e vou continuar buscando esse título”, projeta.
No boxe profissional, Bia já havia vencido a brasileira Taynná Cardoso, também por decisão unânime, e a norte-americana Carisse Brown, por nocaute, no ano passado. Medalhista de prata em Tóquio 2020 e bicampeã mundial de boxe, ela mantém simultaneamente os compromissos no boxe olímpico, no qual busca classificação para Paris 2024, e no profissional.
“Estou muito feliz de sair com a terceira vitória, é muito importante para mim isso nessa nova etapa da minha vida, fazendo essa carreira híbrida. Eu gosto de fazer história, de tentar desafios diferentes e estou sendo bem sucedida. Acho que fiz as escolhas certas no momento certo. A sintonia da minha equipe, está todo mundo na mesma pegada, no mesmo sonho e no mesmo ritmo”, afirma.