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Campeão Carioca, piloto de kart radicado em JF mira título nacional

Carlos kart reproducao instagram
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Atleta está classificado para disputar o Campeonato Brasileiro de Kart este ano (Foto: Reprodução Instagram)
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O paulista radicado em Juiz de Fora, Carlos Gomes, de 37 anos, se sagrou campeão carioca de kart, em dezembro, pela equipe CRT Racing, em competição realizada no Rio de Janeiro. Com a conquista, o atleta está classificado para disputar o Campeonato Brasileiro de Kart, que está previsto para novembro, na cidade de Vespasiano-MG. “O título Carioca veio muito por causa das parcerias que tive e do incentivo do Ministério do Esporte. Com os patrocínios que fechei para 2023, vou participar do nacional. Como vai ser em Minas, facilita demais a questão de treino. Disputarei também o Mineiro e algumas etapas do Carioca e Paulista, mas o foco é vencer o nacional em novembro”, explica Carlos à Tribuna.

‘Gosto pela velocidade e barulho do motor’

Carlos começou na modalidade com apenas cinco anos, e com sete, já se federou para disputar competições. “Sempre gostei de carro. Meu pai me levou para ver uma corrida e eu curti. Acordava cedo para ver o (Ayrton) Senna, brincava de carrinhos e de construir pistas de corrida. Meus brinquedos eram sempre usados para simular competições quando eu era criança. Era o meu sonho mesmo, tinha muita energia. Gostava da velocidade e barulho do motor”, relembra. “Comecei a andar no kartódromo do Bairro Borboleta, que tinha uma estrutura muito boa. Eu era o mais novo da cidade, andava com meninos cinco anos mais velhos.”

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Entretanto, quando o kartódromo de Juiz de Fora foi extinto, as dificuldades começaram para Carlos. “Tínhamos que treinar no Rio de Janeiro ou em Betim. O custo ficou muito alto, aí parei de andar de kart profissional. Participava de campeonatos amadores, não tinha patrocínio e tempo. Automobilismo é um esporte muito caro, dificulta demais sem um kartódromo aqui”, conta o esportista, que se tornou empresário.

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Somente em 2021, com a intenção de se tornar campeão carioca, o piloto decidiu retornar com o foco no kart, mesmo precisando conciliar com o trabalho na sua empresa. “Consegui recurso e fiz o campeonato inteiro com bons equipamentos. Coloquei minhas fichas, era bem cansativo, ia e voltava quase todo final de semana para ter uma constância em treinos. Esperava há tempos ter um título estadual, e não só vencer etapas. Quando coloquei isso na cabeça, veio na hora a ideia de completar o campeonato. Tive um sentimento de alívio, porque eu tirei um peso nas costas. Por várias variantes, eu não conseguia manter uma sequência, tinha outras prioridades. Hoje, consigo unir minha vida pessoal com a de atleta profissional”, afirma. “Participei do Mineiro também, foram cinco etapas, mas só participei de duas, porque é muito caro”, pontua Carlos.

Apaixonado pelo Kart, Carlos ultrapassa as dificuldades e a falta de reconhecimento da modalidade em JF para continuar competindo (Foto: Reprodução Instagram)

Modalidade ainda desconhecida em JF

De acordo com Carlos, ele é o único piloto de Juiz de Fora que disputa competições profissionais. “Por um lado, é muito legal, mas pelo outro, é ruim. Não tem ninguém para ajudar, nem patrocínios aqui na cidade. Todo mundo fica muito surpreso de ter um profissional em JF, conseguindo participar de campeonatos. É gratificante, as pessoas reconhecem, mas a parte não tão bacana é que poderíamos ter coisas diferentes se tivesse um kartódromo (na cidade), por exemplo. A galera perdeu muita ligação, muita gente gosta, mas não tem a chance de estar ali dentro”, acredita.

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Além das dificuldades com o alto custo das viagens, os atletas precisam comprar seus próprios karts. “Não tem equipe famosa, aquela que é muito boa. Você entra nas que têm mais experiência, que já tiverem pilotos conhecidos. Em Belo Horizonte, por exemplo, disputo pela AS Racing. Você vai alternando, o que difere uma da outra são o coach, os mecânicos e a estrutura”, avalia o piloto.

Mesmo que alegue falta de apoio e lamente a ausência de um kartódromo, Carlos elogia Juiz de Fora. “Fui criado na cidade, aqui fiz meus melhores amigos. Estudei a vida toda no Granbery. Depois, Fiz administração e computação na UFJF. Virei mineiro, juiz-forano, conheço cada lugar. Gosto muito de ir nos botecos daqui. É uma cidade muito boa para se morar, você tem qualidade de vida e facilidade de locomoção muito dentro e tem uma infraestrutura legal”, opina Carlos.

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