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Disputa mais acirrada Inscrição mais cara e pipoca

provas do primeiro semestre como corrida da suprema tiveram media de 2200 inscritos divulgacaovidativa

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Provas do primeiro semestre (como Corrida da Suprema) tiveram média de 2.200 inscritos  (Divulgação/Vidativa)
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Provas do primeiro semestre (como Corrida da Suprema) tiveram média de 2.200 inscritos (Divulgação/Vidativa)

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Amanda foi a primeira colocada no geral feminino (Hugo Keyler / Rumo Certo)

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Eberth foi o campeão na categoria masculina (Divulgação/Vidativa)

A grande competitividade do 29º Ranking de Corridas de Rua da Prefeitura de Juiz de Fora aponta para o amadurecimento da modalidade no município. Nas principais categorias – geral masculina e geral feminina -, os vencedores foram conhecidos só na última prova, diferente de anos anteriores, quando campeões foram definidos com algumas etapas de antecedência. Ainda há problemas, que a coordenação pretende sanar em 2016, mas a avaliação geral entre os atletas de ponta é positiva.

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O ranking não foi o principal foco do campeão deste ano, Eberth Silvério, que se preparou e conseguiu bons resultados nas provas que disputou em outros municípios de Minas, São Paulo e Espírito Santo. Com a experiência de correr em outras partes do país, ele avalia que o ranking juiz-forano tem evoluído na média nacional. “A partir do momento em que a organização ouve os atletas, o ranking tem tudo para melhorar cada vez mais.”

A opinião é a mesma do segundo colocado, Jocemar Correa. “Antigamente, a gente corria e nem tinha água direito. A estrutura melhorou muito, mas sempre tem o que melhorar.”

Vencedora entre as mulheres, Amanda Oliveira, destaca a dificuldade que teve para vencer. “O nível dos competidores estava bem forte este ano, e não tivemos muitos problemas nas provas”, avalia. “Para mim, foi ótimo terem provas com premiação em dinheiro. Para o ano que vem, seria muito melhor se todas as provas tivessem premiações em dinheiro”, sugere a vice campeã do ranking, Danielle Fávero Cerqueira.

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Conforme o coordenador do ranking, Daniel Fontinelli, o prêmio em dinheiro é pago pelas próprias organizadoras e não é uma exigência da Prefeitura. Segundo ele, o pagamento não significa provas com maior número de corredores. Este ano, das 11 etapas, três tiveram prêmios em dinheiro para os primeiros colocados. “O que era requisito na chamada pública foi atendido pelas organizadoras. Quase todas as provas largaram no horário certo, e não tivemos muitos problemas em relação ao trânsito. As reclamações que tivemos foram avaliadas e não atrapalharam a realização dos eventos.”

A PJF ainda não fechou os números oficiais desta 29ª edição, mas espera-se que a média de participantes tenha se mantido a mesma de 2014, quando 2.200 atletas profissionais e amadores se inscreveram em cada etapa. “Apesar de as provas do segundo semestre terem registrado menos corredores, todas as corridas do primeiro semestre tiveram número de inscritos maior do que no ano passado”, diz Daniel. A queda na segunda metade do ano, ele explica, decorre da coincidência entre o calendário local e o de cidades que realizam provas tradicionais, como a Volta da Pampulha e a Meia Maratona do Rio de Janeiro.

Algumas provas tradicionais (UFJF, Camilo dos Santos/Associação dos Cegos, Mercedes-Benz, Duque de Caxias e 2 de Ouro) não fizeram parte do calendário desse ano, enquanto outras estrearam: Nota 10, Fripai, Conquista PIBJF, Rústica da ADJF e Tecnobit. A 1ª Corrida Norte seria a sexta inédita no ranking, mas foi cancelada pelos organizadores faltando menos de 20 dias para o evento.

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O aumento do valor das inscrições foi alvo de reclamação do público em geral este ano. Enquanto em 2013 os atletas pagavam R$ 30, em 2014 passou para R$ 40 e, este ano, foi para R$ 47. Ainda não há definição sobre o preço a ser cobrado em 2016. “É muito difícil organizar uma prova. Existem muitos gastos. Já corri no mundo inteiro e vejo que os kits das provas melhoraram muito em Juiz de Fora, e a organização também”, avalia a atleta e treinadora Viviany Anderson.

Em 2015, os organizadores passaram a arcar com gastos que não tinham no ano anterior, como a compra de copos d’água, até o ano passado fornecidos pela Prefeitura, através da Cesama, e material para sinalização de trânsito, antes cedidos pela Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra).

Com valor mais alto, a “pipoca” (corredores não inscritos nas provas) passou a ser uma opção mais frequente entre os participantes. Na Corrida da Fogueira, que não faz parte do ranking, mas foi organizada por uma empresa contratada pela Prefeitura, a VidAtiva, centenas de corredores ficaram sem água nos pontos de hidratação. A organização providenciou 10 mil copinhos, mas alegou que os cerca de mil corredores da “pipoca” prejudicaram os 2.700 inscritos que pagaram para correr.

“A Prefeitura não tem como proibir a pessoa de correr, porque as provas são feitas em vias públicas. Com a ajuda dos patrocinadores, tentamos evitar que quem corre na ‘pipoca’ retire medalhas e o lanche no final. Para o próximo ano, pretendemos aumentar a exigência quanto ao número de copos de água disponibilizados nas provas”, diz Daniel Fontinelli.

Crianças

A proposta para 2016 é também dobrar o número de provas infantis. Este ano, das 11 etapas, apenas cinco contaram com corrida para as crianças e adolescentes. “Tem famílias inteiras correndo em Juiz de Fora, desde as crianças, os pais e os avós. Quando não tem a corrida infantil, as crianças acabam excluídas”, lamenta Viviany Anderson, que coordena um projeto 45 crianças e adolescentes de Juiz de Fora e Chácara, onde é chefe do departamento de esportes da Prefeitura.

“Ano que vem faremos uma reunião com os organizadores para que todos façam a prova infantil. É uma forma de incentivar novos atletas”, diz Daniel.

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