O JF Vôlei acertou um patrocínio de R$ 700 mil por dois anos com a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), através da Companhia de Saneamento Municipal (Cesama), e retorna às competições profissionais em 2023. O repasse será feito através de um número não determinado de parcelas ao longo dos dois anos de acordo, permitindo que a equipe dispute competições profissionais tanto em 2023, quanto em 2024. Nesta temporada, o JF Vôlei irá disputar a Superliga C e o Campeonato Mineiro, previstos para o segundo semestre.
“O JF Vôlei, que é um empreendimento que todos nos orgulhamos em Juiz de Fora,(…) passa a ser, por uma determinação do nosso Governo, patrocinado pela Cesama. É um grande investimento público para viabilizar o que a gente entende que é uma atividade muito importante, ainda mais nessa proximidade de inaugurarmos o nosso Ginásio Jornalista Antônio Marcos”, anuncia a prefeita Margarida Salomão (PT), fazendo referência à inauguração do Ginásio prevista para o final deste mês ainda em comemoração ao aniversário da cidade.
“A Cesama fica muito alegre com esse anúncio, dessa parceria com o JF Vôlei. As empresas estatais têm um percentual que podem aplicar em atividades artísticas e esportivas”, afirma o diretor-presidente da Companhia, Júlio César Teixeira. De acordo com ele, o aporte será de R$ 700 mil no total somado dos dois anos “para que o JF Vôlei possa voltar a competir pela cidade e trazer tantas alegrias, como trouxe no passado tão recente e que está na memória de todos nós”.
Marco zero para o JF Vôlei
A Tribuna conversou com Maurício Bara, diretor técnico do JF Vôlei, sobre o acordo entre a equipe e a Prefeitura. De acordo com Bara, o dinheiro será utilizado exclusivamente para a montagem do elenco profissional mas, segundo o mesmo, ainda não há um perfil de contratações estabelecido para a temporada. “Começamos a pensar nisso hoje (sexta), com o anúncio oficial. Estávamos muito cautelosos nisso, e sabemos que são muitas variáveis que surgem no processo. É certo que vários jogadores da nossa categoria de base serão aproveitados. Eles serão avaliados para aproveitamento, e a partir daí vamos partir pras contratações: comissão técnica e jogadores”, explica o diretor.
Recentemente, o JF Vôlei firmou parcerias com grandes equipes do cenário nacional, como o Sada Cruzeiro e o Vôlei Renata/Campinas. Questionado sobre isso, Bara não descarta que aconteça, porém entende que é difícil, já que, durante a disputa da Superliga C, os principais times brasileiros possuem o calendário de categorias de base preenchido.
Entre o título e a pausa
O JF Vôlei foi do título da Superliga B à queda para o terceiro nível do voleibol nacional e a paralisação da equipe profissional em menos de um ano. Em abril de 2021, a agremiação juiz-forana comemorava o inédito título invicto da divisão de acesso masculina. Entretanto, o clube não disputou a Superliga A por falta de recursos.
Em nova trajetória na Superliga B, o JF Vôlei foi rebaixado à terceira divisão e, dias depois, anunciou a paralisação na equipe profissional. Durante o período, o clube ficou voltado exclusivamente às categorias de base. “O time adulto demanda um esforço muito grande e poderemos desprender disso para a base”, disse Maurício Bara, na ocasião.
ERRATA: O valor total do patrocínio é de R$ 700 mil em dois anos, e não de R$ 1,4 milhão, como a reportagem divulgou inicialmente na matéria.