Hudson pendurou as chuteiras. Depois de uma carreira de “dar inveja”, com passagens por clubes como Santos, São Paulo, Cruzeiro, quando conquistou a Copa do Brasil, e Fluminense, o juiz-forano contou, ao canal do jornalista André Hernan no YouTube, que decidiu se aposentar como jogador, mas adiantou que projeta um novo momento profissional.
“Estou parando de jogar oficialmente. Sempre fui um cara com anseio para a próxima fase da minha vida. Sempre quis estudar, ter tempo de aprender outras coisas e ajudar mais pessoas do que eu pude. Acho que o futebol requer muito foco e desempenho. É a forma do destino te mostrar que está na hora de virar a página, começar um novo capítulo. Tenho certeza que vai ser tão vitorioso quanto foi a minha carreira. Estou com muita vontade de viver essa nova fase e muito feliz”, declarou.
Agora empresário, Hudson teme o preconceito existente no futebol com essa profissão. “Não acho legal aquele que pega dinheiro do clube e do jogador. Quero ser um empresário que está do lado do atleta, na dificuldade. Quando ele está em um clube pequeno ou no grande, quando está ganhando pouco ou muito. Quero ser mais que um empresário, mas um amigo, pai, irmão. Empresário é ligado muito ao dinheiro, mas jogador precisa de um assessor em todas as áreas. O agente tem que abranger todas essas áreas”, acredita o ex-volante, que já fez três cursos da CBF Academy sobre a nova profissão.
O atleta acredita que poderia jogar mais dois ou três anos em alto nível, mas sentiu “algo de dentro” que o dizia para antecipar a aposentadoria. “Em conversas com amigos e familiares, muitos falaram que estava muito cedo. Mas vou encurtar um pouco a carreira para enfrentar um novo desafio mais cedo. Começo a aprender e ter conhecimento mais cedo para essa nova fase da vida”, pretende Hudson.
Desde 2008 no futebol profissional, e com passagem pelo Tupi na base, o agora ex-jogador ficou conhecido por sua liderança. Por isso, chegou a vestir a braçadeira de capitão de São Paulo e Cruzeiro em algumas oportunidades. “Sei que, tecnicamente, tiveram muitos jogadores melhores do que eu, mas na força, empenho, garra, dedicação e superação, eu me considero um jogador ímpar. Venci muito mais no futebol pelo meu empenho, força de vontade do que qualquer coisa. Isso que me traz orgulho, 29 anos é uma vida. Mas agora tenho uma nova vida para frente e muitas coisas para conquistar e fazer de bom para as pessoas”, pretende o jogador, em paz com sua decisão.
“Sensação de dever cumprido. Fiz o máximo que eu podia, Deus me abençoou com as melhores coisas. As oportunidades que apareceram para mim, eu busquei agarrá-las da melhor maneira possível”, finaliza.