Em abril, Juiz de Fora registrou o primeiro saldo positivo na criação de empregos do ano de 2016. O resultado entre admissões e demissões feitas no período ficou em 217 vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Apesar de trazer fôlego ao mercado de trabalho, que desde janeiro vinha perdendo postos de trabalho mês a mês, o número é considerado modesto e incapaz de modificar a realidade desenhada até aqui. O primeiro quadrimestre deste ano acumulou a perda de 1.086 empregos, o pior resultado para o período desde 2004.
A leve recuperação registrada em abril se deve às contratações feitas nos setores de serviços e comércio. Enquanto o primeiro foi o responsável pela criação do maior saldo de vagas, um total de 321, o segundo criou 193 novos empregos. “Em abril, esperamos uma recuperação da empregabilidade, pois o primeiro trimestre é sempre mais difícil. Mas os números estão muito aquém do esperado, isto se deve ao contexto econômico que vivemos. De qualquer forma, perceber que antes estávamos em queda livre e agora demos um sinal positivo, mesmo que modesto, mostra que estamos no caminho”, analisa o presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora, entidade que também representa o setor de serviços, Emerson Beloti. O setor da construção civil foi o que apresentou pior desempenho, com redução de 199 postos de trabalho, seguido da indústria da transformação com perda de 102 vagas.
Nacional
Minas Gerais foi o segundo estado com maior número de vagas de emprego criadas em abril, um total de 3.886. O estado ficou atrás apenas de Goiás (5.170). Distrito Federal, Mato Grosso, Espírito Santo e Amapá também registraram saldos positivos. Já os demais estados tiveram o número de demissões superior ao de admissões. O Brasil fechou 62.844 postos de trabalho em abril. No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, o país perdeu 378.481 empregos formais.