Juiz de Fora encerrou agosto com a criação de 48 postos de trabalho. Os setores de indústria e comércio foram os responsáveis por manter o saldo positivo no município pelo segundo mês consecutivo, uma vez que geraram, respectivamente, 142 e 60 vagas. O resultado do mês passado, no entanto, é inferior às 142 oportunidades registradas em julho, quando a cidade apresentou o primeiro balanço mensal positivo desde março, em meio à pandemia de Covid-19. O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), publicado, nesta quarta-feira (30), pelo Ministério da Economia. No ano, Juiz de Fora acumula 6.475 empregos extintos.
No montante referente a agosto, Juiz de Fora teve 3.085 admissões e 3.037 desligamentos. Dissecados os números da indústria – o setor com o maior saldo de contratações, 142 -, a grande responsável pelos números positivos da atividade econômica é a indústria de transformação, cujo saldo de admissões é de 144. Tanto as indústrias de água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e contaminação quanto as indústrias extrativas registraram uma perda de posto de trabalho cada. O resultado positivo da indústria é similar ao registrado em agosto de 2019, quando as indústrias de transformação, de utilidade pública e de extração mineral somaram, juntas, 63 vagas criadas – a maioria novamente relacionada à indústria de transformação, 53.
Já em relação ao comércio, que já havia gerado 43 postos de trabalho em julho, o comércio varejista foi aquele que criou o maior número de postos de trabalho: 31 no mês seguinte. Em seguida, aparecem o comércio por atacado (26) e, por fim, comércio e reparação de veículos automotores e bicicletas (3). O balanço positivo do comércio em agosto é oposto àquele verificado no mesmo período de 2019: na ocasião, o setor, no geral, fechou 12 postos de trabalho.
Se, em agosto de 2019, o setor de serviços alavancou os números de Juiz de Fora com balanço positivo de 292 postos de trabalho criados, em agosto de 2020 a atividade econômica foi a que mais extinguiu empregos em Juiz de Fora: 119.
Construção civil
Além dos setores de indústria e comércio, o único a registrar balanço positivo de admissões e desligamentos em agosto foi o da agropecuária, com três postos de trabalho criados. A atividade econômica foi impulsionada pela agricultura, pecuária e serviços relacionados, que resultou na abertura de cinco vagas. A construção civil, por sua vez, depois de contribuir com o resultado positivo referente a julho com 66 postos de trabalho gerados, fechou 38 em agosto. A perda de vagas diz respeito aos setores de construção de edifícios, com 46 postos fechados, e de obras de infraestrutura, com 19. Dentre as atividades econômicas da construção civil, apenas a de serviços especializados para construção apresentou balanço positivo, com 27 emprego abertos.
Minas e Brasil também apresentaram resultados positivos
Minas Gerais também registrou balanço positivo em agosto, o terceiro mês consecutivo em que o número de admissões foi superior ao de desligamentos. Com 135.161 contratações e 106.822 demissões, o saldo positivo foi de 28.339, impulsionado, sobretudo, pela indústria e pela construção. O único setor a apresentar perda de vagas foi a agropecuária. Dentre os estados, apenas o de São Paulo registrou saldo maior do que o de Minas: 64.552. Em julho, conforme os dados do Caged, Minas já havia registrado balanço favorável, com 20.488 vagas abertas. O resultado referente a agosto deste ano é também superior àquele do mesmo período do ano passado, de 5.895 postos gerados.
A exemplo de Juiz de Fora, o Brasil chegou ao segundo mês consecutivo com performance positiva. Após somar 141.190 vagas criadas em julho, o país registrou, em agosto, 249.388 postos abertos. O número de admissões foi de 1.239.478 e o de desligamentos, 990.090. Com 92.893 postos de trabalho criados, o setor de indústria liderou o ranking, seguido por construção, com 50.489, e comércio, com 49.408.