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Correios anunciam fechamento de mil unidades e programa para 15 mil demissões

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Foto: Agência Brasil

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Os Correios anunciaram, nesta segunda-feira (29), o fechamento de cerca de mil unidades no país e a implantação de dois Programas de Demissão Voluntária (PDVs) para o desligamento de 15 mil funcionários. As iniciativas integram um programa de reestruturação da estatal para redução de déficit.

Segundo a companhia, o fechamento das unidades deve gerar uma economia estimada em R$ 2,1 bilhões. Atualmente, considerando também os pontos de atendimento operados por meio de parcerias, os Correios contam com cerca de 10 mil unidades de prestação de serviços no Brasil.

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O presidente da estatal, Emmanoel Rondon, afirmou que o plano será implementado sem violar o princípio da universalização do serviço postal, obrigação legal da empresa pública de atender todo o território nacional.

“A gente vai fazer a ponderação entre resultado [financeiro das agências] e o cumprimento da universalização para a gente não ferir a universalização ao fecharmos pontos de venda da empresa”, explicou Rondon durante coletiva de imprensa em Brasília (DF).

15 mil demissões

O plano de reestruturação também prevê uma redução de despesas da ordem de R$ 5 bilhões até 2028. Entre as medidas anunciadas estão a venda de imóveis e a implementação de dois Programas de Demissão Voluntária (PDVs), com o objetivo de reduzir o quadro de funcionários em 15 mil empregados até 2027.

“A gente tem 90% das despesas com perfil de despesa fixa. Isso gera uma rigidez para a gente fazer alguma correção de rota quando a dinâmica de mercado assim exige”, afirmou o presidente dos Correios.

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O plano já era esperado diante dos sucessivos resultados negativos registrados pela estatal desde 2022. Segundo Rondon, os Correios enfrentam um déficit estrutural anual de R$ 4 bilhões, atribuído ao cumprimento da regra de universalização do serviço postal.

Em 2025, a empresa acumula um saldo negativo de R$ 6 bilhões nos nove primeiros meses do ano e apresenta um patrimônio líquido negativo de R$ 10,4 bilhões.

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As medidas previstas no plano de reestruturação devem ser implementadas entre 2026 e 2027, incluindo os dois PDVs — um no próximo ano e outro em 2027.

Revisão de benefícios

A direção dos Correios também anunciou a revisão dos planos de saúde e de previdência dos servidores, com redução dos aportes financeiros realizados pela estatal.

“O plano [de saúde] tem que ser completamente revisto e a gente tem que mudar a lógica dele porque hoje ele onera bastante. Ele tem uma cobertura boa para o empregado, mas, ao mesmo tempo, financeiramente insustentável para a empresa”, justificou Rondon.

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Com as demissões voluntárias e os cortes de benefícios, a expectativa da estatal é reduzir as despesas com pessoal em R$ 2,1 bilhões por ano. Além disso, o plano prevê a venda de imóveis da companhia, com estimativa de gerar R$ 1,5 bilhão em receita.

*Com informações da Agência Brasil

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