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Passagem de ônibus pode subir para R$ 3,10

passagem onibus leo
Dentre os fatores que impactaram a planilha de custos, foram destacados a queda na demanda de 4,4% e oito superior a 10% no óleo diesel (Foto: Leonardo Costa)
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A passagem de ônibus em Juiz de Fora pode subir dos atuais R$ 2,75 para R$ 3,10 em Juiz de Fora, um aumento de 12,7%. A atualização da planilha de cálculo tarifário, que embasa o reajuste, resultou no valor sugerido de R$ 3,0979, que, na prática, deve ser arredondado para cima. A Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra) apresentou os cálculos e o resultado para o Conselho Municipal de Transportes, que analisou a matéria em reunião realizada na noite desta quinta-feira (28). Nesta sexta, pela manhã, haverá a apresentação e o detalhamento da planilha na Câmara Municipal de Juiz de Fora, em cumprimento a uma previsão legal. A confirmação da cifra, para efetiva implementação nas roletas, acontece via decreto a ser assinado pelo prefeito Bruno Siqueira (PMDB). O reajuste, se confirmado, deve entrar em vigor nos primeiros dias de outubro.

Dentre os fatores que impactaram a planilha de custos, o secretário de Transportes e Trânsito, Rodrigo Tortoriello, destacou a queda na demanda de, aproximadamente, 4,4%, a alta superior a 10% no óleo diesel e o custo da mão de obra, que subiu 6,5% em função do acordo coletivo firmado em maio, mas com pagamento retroativo a fevereiro. De impacto da licitação do setor, o secretário citou a renovação da frota, cuja idade média passou de 7,5 anos em 2016 para 4,5 anos em 2017. Além da atualização em três anos, a incorporação de 186 veículos zero quilômetro na frota, nos últimos 12 meses, também foi citada.

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“Não é que a gente queira fazer o reajuste. É necessário fazê-lo”, Rodrigo Tortoriello, secretário de  Transportes e Trânsito

O último aumento da passagem de ônibus aconteceu em abril de 2016, quando a tarifa custava R$ 2,50 e foi reajustada em 10%. Sobre a espera de quase seis meses para atualizar a planilha, o posicionamento é que, naquele momento, não havia elementos necessários para aplicar o reajuste. O acordo coletivo da categoria, por exemplo, ainda não havia sido firmado. O secretário pontuou, no entanto, que as empresas já haviam pedido aumento desde maio. Procurado, o Consórcios Integrados do Transporte Urbano de Juiz de Fora (Cinturb), por meio de sua assessoria, afirmou que prefere não se manifestar sobre o assunto antes da audiência na Câmara.

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“Não é que a gente queira fazer o reajuste. É necessário fazê-lo”, afirmou o secretário, destacando que a licitação requer direitos e deveres. Dentre as obrigações, diz, está a manutenção e o equilíbrio econômico financeiro do sistema. Segundo Tortoriello, as tarifas, como a do transporte público, são submetidas ao cálculo porque existe aumento dos custos inerentes ao segmento. Questionado se a possível alta de 12,7% pode resultar em redução na demanda pelo transporte, o secretário considera que a queda na procura é mais um reflexo da crise econômica e da redução do emprego. Segundo ele, foi possível “segurar” o processo por 18 meses, até por questões contratuais, mas, a partir de agora, não é mais possível fazê-lo.

Durante entrevista à Tribuna, o secretário destacou a importância e o envolvimento do Conselho Municipal de Transportes durante todo o processo. Ele destacou que, este ano, foi criada uma comissão, dentro do núcleo, cujas reuniões são realizadas desde abril. O objetivo, diz, foi oferecer uma análise prévia das questões contratuais previstas na licitação, garantindo “total transparência”, para que os conselheiros pudessem contar com o máximo de informação possível antes de tomarem uma decisão a respeito da tarifa. O secretário frisou, ainda, que a planilha é um documento público disponível a todos que tenham interesse no assunto.

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