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Juiz de Fora fecha fevereiro com a criação de mais de mil postos formais de trabalho

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(Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília)

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Dados divulgados nesta terça-feira (29) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, apontaram que 1.076 postos de trabalho formal foram criados em fevereiro em Juiz de Fora. No total, o município apresentou 6.047 admissões e 4.971 demissões, resultando no primeiro saldo positivo desde novembro.

Dentre os setores contemplados na análise, o que registrou o maior saldo foi o de serviços, com 1.018 empregos criados – valor equivalente a 94% de todas as novas oportunidades geradas em Juiz de Fora no período de tempo analisado. A indústria também terminou o mês com saldo positivo, abrindo 103 oportunidades, enquanto na construção foram criadas 73 vagas. A pior performance foi do setor de comércio, que registrou saldo negativo de 98 postos. A agropecuária também fechou o mês com perdas, com menos 20 postos de trabalho.

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Comparado com o mesmo período do ano passado, Juiz de Fora registrou aumento no número de vagas criadas. O saldo foi 98% superior, visto que, em fevereiro de 2021, o município apresentou estoque de 542 empregos formais, com 4.810 admissões e 4.268 desligamentos. Na comparação entre esses dois períodos, o setor de comércio e o de serviços apresentou grande variação.

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Enquanto o setor de serviços, em fevereiro de 2022, foi o responsável pela maior parte dos novos empregos gerados na cidade, em 2021, o segmento fechava o mês no negativo, com a perda de 306 postos. O oposto aconteceu com o setor de comércio, que em 2022, terminou fevereiro com saldo negativo, mas em 2021 foi o que mais gerou novos postos, com um saldo entre admissões e demissões de 306 vagas formais.

Recuperação progressiva

Para o economista Weslem Faria, professor da UFJF, o alto número de empregos gerados na área de serviço ocorre por conta da recuperação progressiva que o setor vem tendo desde os últimos meses do ano passado. “Isso se dá, principalmente devido aos efeitos da vacinação que estão sendo observados agora. Com a diminuição do número de mortes, consequentemente se vê a flexibilização das medidas restritivas, redução do distanciamento, fatores que beneficiam a prestação de serviço, que foi fortemente afetada nos períodos mais preocupantes da pandemia.”

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Já no setor de comércio, o cenário não é tão otimista. Atrelado à flexibilização das medidas sanitárias contra a Covid-19, os efeitos da inflação e da alta no preço dos combustíveis têm sido responsável por frear um possível restabelecimento do comércio no Brasil. “O aumento do custo implica que o comerciante reajuste o preço para que ele não perca a margem de lucro. Caso ele não faça isso, chega a um ponto que o estabelecimento precisa fechar as portas, e isso tem acontecido muito.”

O presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio), que também responde por parte do setor de serviços da cidade, Emerson Beloti, avalia que o resultado positivo reflete a alta de contratações, principalmente na categoria dos gêneros alimentícios. “Supermercados, mercearias, hortifrutis estão crescendo. Para o comércio, é um dado positivo, mas não corresponde à nossa meta. Noventa e oito vagas ainda é uma quantidade pequena para Juiz de Fora.” Já sobre a área de serviços, Beloti reforça que a cidade é um polo para empreendimentos do gênero e que, nos últimos meses, foi observado um expoente na contratação de serviços de saúde e serviços de ensino, por exemplo, além de outros.

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Saldo positivo em 2022

Após começar 2022 com resultado negativo em janeiro (-601), o saldo total do ano está positivo, com 475 novos postos de trabalho gerados. Levando em consideração os dados dos dois primeiros meses divulgados pelo Caged, foram, no total, 10.390 admissões e 9.915 demissões. No mesmo período do ano passado, o saldo acumulado de janeiro e fevereiro também era positivo, mas com um número menor de postos de trabalho gerados, um total de 328. Em 2021, entre janeiro e fevereiro, haviam sido admitidas 9.007 pessoas e demitidas outras 8.679.

Minas tem 2ª melhor taxa de geração de emprego

Em fevereiro, Minas Gerais registrou a geração de 36.677 postos de trabalho. Em números absolutos, foram 219.255 admissões e 182.578 desligamentos. O resultado coloca o estado como o segundo que mais gerou empregos no país, ficando atrás apenas de São Paulo, que registrou a abertura de 98.262 novos empregos formais no período analisado.

O bom rendimento do setor de serviços também foi observado em nível estadual, em Minas, o setor foi o que mais registrou postos de trabalho no país, com 21.922 novas oportunidades em fevereiro. Os demais setores também registraram desempenho positivo: indústria (6.930), agropecuária (4.012), construção (3.087) e comércio (726).

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Para a diretora de Monitoramento e Articulação de Oportunidades de Trabalho da Sedese, Amanda Siqueira Carvalho, o desempenho de Minas confirma o cenário positivo neste início de ano. “O número de admissões superou o de demissões. Isso demonstra um crescimento econômico sustentado em Minas, puxado, principalmente, pelas atividades de serviços e indústria”, destacou.

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