Apesar do total de cancelamentos colocar a cidade em segundo lugar nos registros do estado, o número revela uma corrida dos juiz-foranos contra o tempo para manter o benefício. Em meados de janeiro deste ano, a poucas semanas do prazo para a Prova de Vida acabar, a Tribuna mostrou que 12.854 segurados do INSS corriam o risco de perder o benefício. Da estimativa inicial, houve redução de 34,5%.
Os cancelamentos correspondem a 2,5% do total verificado em Minas Gerais (330.300), o segundo estado com maior número de benefícios suspensos. São Paulo é o primeiro, com um total de 547.406. Em todo país, mais de 2,4 milhões de aposentados, pensionistas e demais segurados não fizeram a comprovação de vida (ver quadro). O procedimento é obrigatório para todos os segurados do INSS que recebem os pagamentos por meio de conta corrente, conta poupança ou cartão magnético, inclusive para aqueles que recebem benefícios assistenciais.
Orientação
De acordo com a assessoria do INSS, o primeiro passo para quem perdeu o prazo da prova de vida é ir, o quanto antes, ao banco pagador para regularizar a situação e reativar o pagamento. “Se o beneficiário não fizer a comprovação, o benefício é suspenso e, após um período, é então cessado.” O órgão explica que “toda pessoa que recebe benefício precisa fazer a comprovação de vida, e este procedimento continua sendo realizado, normalmente, ao longo do ano. Foi estipulado e amplamente divulgado um prazo final com o propósito de convocar todos aqueles que não fizeram o procedimento há mais de um ano”.
O INSS também explica que cada banco trata a data para a prova de vida da forma mais adequada à gestão. “Existem bancos que utilizam a data do aniversário do beneficiário, outros usam a data de aniversário do benefício, e ainda há aqueles que convocam a pessoa um mês antes do vencimento da última comprovação de vida realizada.”