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Minaspetro e PJF articulam reabastecimento de serviços essenciais

posto gas
Abastecimento para o público em geral segue comprometido (Foto: Olavo Prazeres)
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O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), por meio de sua assessoria, afirmou, no início da noite, que “está articulando, junto com a Prefeitura, escolta para caminhões abastecerem Juiz de Fora”. Sobre a operacionalização do reabastecimento na cidade, o órgão informa que reuniu-se com representantes do Executivo, na tarde desta segunda-feira (28), para, em conjunto com os órgãos municipais, operacionalizar apoio para escolta de comboio de caminhões-tanque entre a central de abastecimento em Betim e Juiz de Fora. O posicionamento é que toda a estrutura está sendo montada entre a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e a Prefeitura, com a condição de que seja garantido o abastecimento dos serviços públicos essenciais nos termos do decreto municipal de situação de emergência publicado nesta segunda. Novas informações sobre a medida emergencial serão divulgadas em breve.

Já a Prefeitura informa que foi procurada pelo Minaspetro e por operadores do transporte público da cidade (ônibus e táxis), pedindo apoio para escolta de comboio entre a central de abastecimento de Betim e Juiz de Fora. O posicionamento é que a estrutura está sendo montada com a ajuda da Polícia Militar, “com a condição de que seja garantido o abastecimento dos serviços públicos essenciais (frota da Prefeitura, ambulâncias do Samu, Polícia Rodoviária Federal, órgãos de segurança, etc)”. Questionada se a PJF pedirá escolta, também, para iniciar o reabastecimento do mercado para a população em geral, a informação é que o intuito é trazer o combustível para a cidade. Juiz de Fora iniciou a semana com a grande maioria – se não a totalidade – de postos fechada, sem informações de gasolina e etanol disponíveis.

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Conforme a PM, durante a manhã, houve a escolta de dez carretas de combustível saindo de Juiz de Fora com destino à Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, para que os caminhões sejam abastecidos. De acordo com o assessor de comunicação da 4ª Região da Polícia Militar (4ª RPM), major Jovanio Campos, o pedido foi feito pela Prefeitura após a instituição da central de escoltas dentro do Gabinete de Crise, criado pelo Estado a fim de minimizar os prejuízos da greve. “O abastecimento visa a atender as necessidades de Juiz de Fora, como coleta de lixo, transporte coletivo, serviços hospitalares dentre outros serviços julgados pelo poder municipal como prioritários”, afirmou. Procurado, o Consórcios Integrados de Transporte Urbano (Cinturb), por meio de sua assessoria, confirmou que, nessa operação, há previsão de diesel para abastecer os consórcios de transporte coletivo.

Abastecimento limitado a 20 litros por dia por consumidor

Apesar de ainda não ter combustível disponível para a população, o decreto de emergência estabelece que, quando o abastecimento de combustível for retomado, cada pessoa só poderá abastecer 20 litros por dia, até que o fornecimento seja normalizado. A medida vale para gasolina, etanol e óleo diesel. Quanto ao fornecimento de gás de cozinha, também deficitário na cidade, será permitido um botijão por residência. Em caso de não cumprimento, o decreto prevê o enquadramento do consumidor na infração contra a ordem econômica, que deverá ser apurada pelo Procon.

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Em levantamento do Minaspetro divulgado na sexta-feira, a estimativa era a de que mais de 90% dos estabelecimentos no estado estavam desabastecidos. Em Belo Horizonte, 32 postos começaram a ser reabastecidos por meio de escolta da PM. A relação de postos foi definida após reunião do Comitê de Crise Estadual formado por representantes de Governo e PM, onde participaram Minaspetro, representantes de companhias distribuidoras, ANP, Procon Estadual e Ministério Público. Os postos foram escolhidos por estarem localizados em regiões estratégicas, permitindo o abastecimento por número maior de consumidores em diversos pontos da Região Metropolitana.

O valor máximo de abastecimento por cliente será de R$ 100. Para garantir a segurança, o abastecimento em galões foi proibido, mesmo que estes sejam certificados pelo Inmetro. A polícia montou efetivo em cada um dos postos onde ocorrerá o reabastecimento para garantir a ordem pública antes, durante e depois do início da oferta de combustível à população.

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*Colaborou Vivia Lima

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