O Natal já passou e chegou o tempo de resolver algumas tarefas deixadas por ele, como a troca de presentes. Se o tamanho não serviu, ou se o modelo não agradou, a última semana do ano é o momento de ir até a loja e garantir uma nova peça. A tradição é tamanha que o dia 26 de dezembro é conhecido por ser o dia mundial da troca.
Em Juiz de Fora não é diferente, a proprietária da loja de roupas Babalook’s, Marcela Fellet, afirma que já nesta terça-feira (26) percebeu maior movimentação das clientes na troca de peças. “Como a venda é muito maior na véspera de Natal, o movimento de troca também aumenta.” Seja mudança de tamanho, ou estilo, fornecer essa opção é uma forma de agradar e fidelizar o cliente. “É também uma oportunidade de venda. Às vezes o cliente veio trocar uma roupa que ganhou no Natal e acaba comprando outro modelo para passar o Réveillon.”
A semana entre o Natal e o Ano-Novo também é marcada pela procura de roupas para a noite da virada. Marcela afirma que, em sua loja, as vendas para o Réveillon são tão signficativas quanto as vendas para o Natal, podendo ser até maiores. “Desde o início de dezembro já preparamos estoques com peças para o Ano-Novo. Alguns modelos inclusive já esgotaram, porque as pessoas já estão comprando. Esperamos que até o fim desta semana o movimento aumente, principalmente porque muitos clientes conseguiram um recesso e estão mais tranquilos para vir até a loja.” De acordo com ela, 90% das peças procuradas para essa época são nas cores branca ou prateada e por isso também é importante modificar a vitrine para atingir esse tipo de público.
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Aposta em promoções
Por mais que o movimento nas ruas diminua nesta semana em comparação a véspera de Natal, os lojistas seguem otimistas e preparam promoções para atrair clientes. O representante da Associação dos Lojistas da Rua Barão de São João Nepomuceno, Jefferson Santos, afirma que boa parte do comércio vai aderir a promoções nesta reta final do ano, como uma forma de acabar com o estoque. “O movimento cai neste período, muitas pessoas não estão na cidade, mas para os que ficam é uma boa oportunidade para conferir preços e aproveitar ofertas.”
Fora isso, a preparação de vitrines também é uma aposta do comércio para atingir o público. “Vemos uma predominância no segmento de roupas em modelos nas cores branca, prateada e dourada. Cores típicas do Réveillon.” Segundo ele, a troca de presentes recebidos no Natal também é uma oportunidade de fidelizar consumidores, que podem se tornarem clientes no próximo ano.
Comércio atinge meta de crescimento no Natal
Conforme o presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio JF), Emerson Beloti, o setor conseguiu atingir a meta de crescimento prevista para o Natal. A expectativa era aumentar em 5% o faturamento em relação ao mesmo período do ano passado.
Sobre a troca de presentes, ele afirma que o esperado é que os consumidores saiam às ruas para realizar a tarefa entre os dias 27 de dezembro e 3 de janeiro.
“As pessoas aproveitam essa época em que estão mais tranquilas para fazer essa troca e aproveitar o recesso para ir até as lojas. Muita gente que é de fora da cidade só tem esses dias para garantir a troca do produto.” Nesse movimento, os comerciantes esperam aumentar também as vendas para o Ano-Novo. “Sempre surge a oportunidade de fazer mais uma venda, então a expectativa é que até o fim do ano o comércio siga aquecido. Não tanto quanto no Natal, mas vendendo bem para fecharmos 2023 de forma ainda mais positiva.”
Satisfação do cliente
Segundo o Código de Defesa do Consumidor, a troca só é obrigatória quando o produto apresenta algum defeito, fora isso fica a critério do lojista decidir se vai oferecer essa opção ou não. Conforme Caroline Schubert, assessora do Procon de Minas Gerais, o consumidor precisa estar atento à política de trocas no momento da compra. Se for o caso de um presente, optar por estabelecimentos que ofereçam essa possibilidade. “É importante lembrar de guardar o cupom fiscal no ato da compra. Caso tenha algum vício ou irregularidade no produto, o consumidor deve procurar o fornecedor, que tem prazo de 30 dias para sanar o problema.” Se isso não acontecer, o consumidor pode ter o dinheiro de volta.