Um total de 2.211 empregos com carteira assinada foram fechados em Juiz de Fora este ano. O número representa alta de 2,64% ante o resultado verificado no período de janeiro a julho do ano passado (-2.154). Na análise do mês de julho, são menos 330 empregos formais. O número representa menos da metade do saldo verificado em julho de 2015 (-689) e melhora em relação a junho (-428). Em doze meses (agosto de 2015 a julho 2016), no entanto, a redução chega a 3.810 vagas celetistas na cidade.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam, ainda, que, dentre os oito setores produtivos mapeados, o comércio é responsável pela maior extinção de vagas formais (-1.026), seguido por indústria da transformação (-534), construção civil (-486) e serviços (-135). O ranking tem por base o resultado do acumulado do ano. Na comparação com 2015, houve mudança em algumas posições. Na época, o comércio continuava liderando, mas era seguido por construção civil, serviços e indústria da transformação, nesta ordem.
De posse do desempenho do Caged, o presidente do Sindicato do Comércio (Sindicomércio), Emerson Beloti, identifica um movimento melhor, de mudança de curva no quesito empregabilidade. Segundo Beloti, o movimento de queda livre perdeu espaço para uma situação “um pouco mais confortável”, com a abertura do paraquedas, como exemplifica. A avaliação é que ainda não há crescimento, mas sinais de que haverá uma estabilidade, para que se possa voltar a crescer, não na mesma intensidade da queda verificada até então. “É preciso melhorar a empregabilidade, para que exista consumo e o comércio possa comprar da indústria, movimentando a cadeia.”
Dentre todos os estados brasileiros, Minas Gerais apresentou a maior perda de empregos (- 15.345 postos) em julho, seguida por São Paulo (-13.795 postos) e Rio Grande do Sul (-12.166). No país, pelo 16º mês consecutivo, o número de demissões superou o de contratações. Em julho, o saldo foi de – 94.724 empregos formais. No acumulado do ano, 623.520 postos de trabalho formal foram fechados, com variação negativa de 1,57% ante igual período de 2015. Nos últimos 12 meses, o total de demissões superou o de contratações em 1.706.459, representando variação negativa de 4,18%.