Juiz de Fora começou o ano extinguindo 798 empregos com carteira assinada. O saldo entre admissões e demissões verificado em janeiro é um pouco maior ante o do mesmo mês do ano passado (-733). Este é o segundo pior resultado para o mês em termos de empregabilidade verificado na série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciada em 2004. Só perde para janeiro de 2009, quando foram eliminados 988 postos celetistas na cidade.
O balanço divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontou, ainda, que os setores de comércio (-346) e serviços (-274) foram os que mais contribuíram para o resultado. A indústria da transformação também demitiu mais do que contratou (-168). O presidente do Sindicato do Comércio (Sindicomércio), Sérgio Costa de Paula, destaca o impacto do efeito sazonal, já que janeiro tradicionalmente é o mês de dispensa dos temporários contratados para as festas de final de ano. Na sua opinião, o momento econômico interferiu para a menor efetivação destes trabalhadores e para o elevado número de baixas.
Em Minas, foram eliminados 16.418 empregos celetistas. O recuo é 13% maior do que o verificado no mesmo mês de 2015 (-14.533). A retração está relacionada, principalmente, ao desempenho dos setores de comércio (- 7.175 postos) e serviços (-2.623 postos). No país, foram fechados 99.694 postos de trabalho com carteira assinada, pior resultado para meses de janeiro desde 2009. Também houve agravamento do quadro na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o saldo ficou negativo em 81.774 postos formais.