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Preço de alimentos triplica na Ceasa

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Limão é um dos alimentos que mais aumentou para oconsumidor

Limão é um dos alimentos que mais aumentou para oconsumidor

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O preço dos alimentos disparou novamente. Desta vez, como reflexo em cadeia da alta do óleo diesel e da estiagem. Para os produtores, o reajuste de 5% do combustível, fixado no dia 5 deste mês, aumentou as despesas com maquinário e frete. Já o período sem chuvas reduziu o volume de produção. A situação fez com que os alimentos chegassem dos fornecedores com o preço quase triplicado. Jiló, quiabo, vagem, abobrinha, limão e frutas importadas estão na lista dos produtos que mais encareceram, conforme levantamento da Ceasa Minas. O repasse de custos já chegou ao consumidor, que encontra nas prateleiras dos mercados valores até 40% mais altos esta semana. A expectativa é que os preços não se estabilizem em dezembro.

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Antes da alta do diesel, a caixa de jiló era vendida por R$ 15 na Ceasa em Juiz de Fora. O preço comercializado esta semana chegou a R$ 40, o que corresponde a alta de 167%. O quiabo, a abobrinha e o limão dobraram de preço, passando de R$ 25 para R$ 50, R$ 20 para R$ 40 e R$ 40 para R$ 80, respectivamente. O limão ainda teve oscilações, chegando ao custo de R$ 100 a caixa nas últimas semanas.

Para o gerente da Ceasa Juiz de Fora, Reinaldo Machado, a variação de custos é resultado do crescimento da demanda. “A estiagem diminuiu o volume de produção, mas aumentou o consumo de alguns produtos. Por isso, estamos acompanhando o comportamento instável de preços.” Para ele, a tendência é que a situação continue em dezembro. “No fim de ano temos maior procura por frutas importadas, por exemplo, que devem continuar encarecendo.”

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Nas prateleiras dos mercados, o consumidor já verifica o impacto. O quiabo sofreu alta de 15%, as frutas importadas 20%, o jiló 25% e o limão 40%. “Antes vendíamos o quilo do limão a R$ 7. Hoje custa R$ 9,80”, conta o proprietário do Sacolão Estação, Carlos Luciano. Segundo ele, o limão já sofreu queda de preços. Até o último sábado, custava R$ 12,90 o quilo, o que corresponde ao aumento de 84%, mas esta semana o produto foi adquirido mais barato, o que permitiu uma redução de preços. “Com esse calor, a oferta está menor e a procura maior”, analisa. “Além disso, muitos fornecedores são de outras cidades, e o aumento do diesel encareceu o transporte.”

O empresário também acredita que a alta de preços deve continuar. “Os valores dependem muito do tempo, da produção e da relação oferta e demanda. A procura por alguns alimentos vai aumentar neste fim de ano, e se o clima não ajudar, a produção continuará menor, o que eleva os custos.”

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Carlos afirma que o aumento de preços afeta diretamente as vendas. “Tivemos queda de 15% nestas últimas semanas. É impossível manter os mesmos valores quando o produto chega mais caro até nós. Em compensação, o consumidor compra em menor quantidade ou deixa de consumir aquele alimento que encareceu, o que prejudica as nossas vendas.”

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