Juiz de Fora teve saldo positivo de 331 empregos com carteira assinada em agosto desse ano. É o que mostram os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pela Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia nessa quarta-feira (25). A marca é a diferença entre o total de admissões (4.678) e o de demissões (4.347). No mesmo mês de 2018, também houve registro positivo, em maior percentual: 523 vagas formais. Este ano, houve, portanto, queda de 36,7% na criação de oportunidades.
O setor que teve melhor desempenho é o de serviços, com 292 oportunidades, seguido pela indústria de transformação, com 53. A construção civil e o comércio demitiram mais do que contrataram, a diferença negativa ficou em 11 e 12 vagas, respectivamente.
Na avaliação do presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio JF), Emerson Beloti, o comércio de varejo ainda não está em uma boa fase, em função de diversos aspectos, entre eles, o desemprego em alta, a conjunção econômica difícil e outros setores que também permanecem em baixa. Mas ele destaca que, em função dos eventos sazonais do segundo semestre, como as festas de fim de ano e a Black Friday, as perspectivas são de que os resultados sejam melhores ante os do primeiro semestre. “Esses eventos garantem um respiro importante para nós. Esperamos que os resultados melhorem.”
No acumulado do ano, o resultado de 2019 é melhor que o de 2018. De janeiro a agosto foram criados 2.381 empregos, enquanto no mesmo período de 2018 o resultado foi de 963 postos de trabalho, o que representa um aumento de 147% na criação de vagas.
O Estado também apresentou resultado positivo, de acordo com o Caged. Foram criadas 5.895 vagas, que são resultado da diferença entre as 155.999 admissões e as 150.104 demissões. No saldo, o que chama a atenção é o número de desligamentos no setor de agropecuária, um total de 24.024 no mês, resultado da perda de 11.603 postos em relação ao número de admissões – 12.421.
Quinto mês positivo
O Caged indicou saldo positivo também no país, pelo quinto mês consecutivo. Foram criadas 121.387 vagas formais, que são decorrentes de 1.382.407 admissões e de 1.261.020 desligamentos. No acumulado do ano, foram criados 593.467 empregos, o que também representa crescimento de 4,38% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram abertos 568.551 postos de trabalho. Nacionalmente, os setores de serviços e comércio são os que encabeçam o crescimento com, respectivamente, 61.730 e 23.626 vagas. O país também registrou saldo negativo nos setores de agropecuária, com menos 3.341 postos, e de 77 nos serviços industriais de utilidade pública. Entre as unidades federativas, 25 entre as 27 tiveram resultados positivos.