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Importação cai 66,2% no Porto Seco

queda no porto seco local e a maior entre as seis unidades de despacho aduaneiro em minas marcelo ribeiro24 07 15

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Queda no Porto Seco local é a maior entre as seis unidades de despacho aduaneiro em Minas (MARCELO RIBEIRO/24-07-15)
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Queda no Porto Seco local é a maior entre as seis unidades de despacho aduaneiro em Minas (MARCELO RIBEIRO/24-07-15)

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O desembaraço no Porto Seco de Juiz de Fora apresentou queda drástica no primeiro semestre deste ano, a maior entre as seis unidades de despacho aduaneiro localizadas na região fiscal mineira. A retração nas importações chegou a 66,2%. O índice considera as operações comerciais mensuradas por meio da declaração de importação (DI). Não houve operação de exportação via aduana nos seis primeiros meses do ano. Os dados da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Belo Horizonte têm por base a comparação com o mesmo período de 2014. No estado, também houve queda, mas em menor percentual: -2,32% em média.

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O balanço aponta que, este ano, foram contabilizadas 779 DIs contra 2.305 nos seis primeiros meses de 2014 em Juiz de Fora. O valor da mercadoria no local de embarque (VMLE) foi de US$ 144,8 milhões contra US$ 373 milhões no ano anterior, uma queda de 61,7%. Em relação às exportações, a Receita Federal contabilizou duas declarações de exportação (DE) e VMLE de US$ 346,4 milhões em 2014 e nenhuma operação do tipo, este ano, no período avaliado.

O chefe da Administração Aduaneira da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Juiz de Fora, Hélio Rodrigues de Oliveira, explica que, tradicionalmente, o movimento de exportação no porto seco local é pouco expressivo, estando concentrado em portos e aeroportos internacionais, não existentes na cidade. Segundo Oliveira, apesar da existência de várias empresas exportadoras, é pouco expressivo o desembaraço na cidade. “Na importação, houve sim um recuo bastante importante”, identifica. A queda é atribuída a retração da economia, com recuo expressivo na importação de bens de capital – o forte da região – e insumos para o setor automobilístico. Outro fator que tem colaborado para o resultado é a alta do dólar, que torna a importação mais cara, explica.

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A analista de Comércio Exterior da Fiemg Regional Zona da Mata, Maria Fernanda Quirino, corrobora a avaliação de falta de tradição de exportação no porto seco, mas destaca que, fora da aduana e no período avaliado, as exportações aumentaram 8% em Juiz de Fora, passando de US$ 38,2 milhões no primeiro semestre do ano passado para US$ 41,3 milhões em igual período deste ano. “A nossa carga está saindo.” Segundo a analista, o empresário juiz-forano continua exportando por outras cidades como Rio de Janeiro, Campinas, Santos, São Paulo, Foz do Iguaçu e Corumbá, só para citar algumas.

Em relação às importações, Maria Fernanda identifica queda de 16% na cidade, de US$ 368,7 milhões para US$ 309,4 milhões, sempre considerando os seis primeiros meses de cada ano. O recuo reflete uma tendência nacional, diz. “O dólar está bom para exportar. Para importar, encarece o produto.” Conforme a especialista, as empresas têm se assustado com a queda no consumo, contrastante com o mercado interno aquecido verificado nos últimos anos. Para ela, nem todas, porém, têm aproveitado o momento favorável para ganhar o mercado externo. “2015 está difícil para todos”, sentencia.

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A Multiterminais Alfandegados do Brasil, administradora do Porto Seco, foi procurada, mas não se posicionou sobre o assunto.

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