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Ceasa inicia diagnóstico para expandir atividades

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Unidade de JF comercializou R$ 100 milhões em produtos no ano passado
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Unidade de JF comercializou R$ 100 milhões em produtos no ano passado

A CeasaMinas em Juiz de Fora iniciou ontem um diagnóstico para orientar projetos de expansão e modernização do entreposto. A Central de Abastecimento local é a terceira do estado em volume de comercialização. No ano passado, a unidade vendeu 76 mil toneladas de produtos, movimentando cerca de R$ 100 milhões. O valor representa 2,3% dos R$ 4,3 bilhões comercializados em Minas Gerais e está bem abaixo das cidades de Contagem, que atingiu R$ 3,8 bilhões, e de Uberlândia, com R$ 285 milhões, que ocupam o primeiro e segundo lugares em volume, respectivamente.

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Para a coordenação da CeasaMinas, os números mostram que a unidade juiz-forana tem sido subaproveitada e necessita de melhorias em infraestrutura e serviços. "Na última segunda-feira, começamos a aplicação de questionários com produtores, atacadistas, varejistas, consumidores e funcionários para identificarmos os problemas e buscarmos soluções, de forma que a Ceasa consiga acompanhar o potencial do mercado da região", explica o estatístico da entidade, Tarcísio Fernandes.

Para isso, há previsão de criação de um novo pavilhão com capacidade de instalação de mais 40 lojas, atração de redes atacadistas e inserção de serviços como posto policial 24 horas e agência dos Correios, conforme as necessidades que forem relatadas pelo estudo. "Boa parte dos atacadistas e varejistas juiz-foranos ainda viaja para outras cidades em busca de mercadorias. Isso prejudica a qualidade dos produtos, principalmente no caso dos hortifrutis, e aumenta o custo que é repassado para o consumidor final. Queremos atrair esta fatia do mercado", destaca. A previsão é de que a pesquisa em Juiz de Fora sirva de projeto piloto para os outros quatro entrepostos do interior: Uberlândia, Caratinga, Governador Valadares e Barbacena.

Demandas

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Comprador da Ceasa Minas, o proprietário do Mercado Sampaio, Renato Rocha, acredita que a pesquisa veio em boa hora. "Nós, que frequentamos o local, sabemos que é preciso melhorias em infraestrutura como, por exemplo, a reforma do pátio que abriga os carros. Acho importante sermos ouvidos sobre a qualidade do serviço que nos atende". O proprietário do Mercado Sul Americano, Rafael Ghedin, ressalta a necessidade de organização no trânsito de carregadores e aumento na oferta de produtos. "Às vezes, temos dificuldades em encontrar alguns hortifrutis e temos que recorrer ao concorrente. Como precisamos de garantir uma margem de lucro, isto é repassado ao consumidor."

Mercado

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Fernandes explica que em 2011, a variedade de produtos ofertados pela Ceasa em Juiz de Fora cresceu apenas 5%. Mas, na categoria de produtos industrializados, o número cresceu nove vezes, passando de 452 toneladas, em 2010, para 4 mil toneladas no ano passado. O aumento pode ser explicado pela instalação da rede mineira Villefort Atacadista. "A loja funciona como mais um atrativo por conta da variação de ofertas", destaca o técnico Tarcísio Fernandes.

De acordo com o coordenador de marketing da empresa, Paulo Roberto Alves, a sede funciona como uma espécie de loja âncora da Ceasa. "Começamos há pouco tempo, inauguramos em março do ano passado, mas queremos contribuir para atrair este público. O consumidor de hortifrúti precisa de outros produtos que a nossa loja oferece. Queremos que aconteça em Juiz de Fora o processo ocorrido em Contagem. Quando fomos para lá, participamos de um processo de revitalização da Ceasa que, hoje, é uma das mais bem estruturadas do país."

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