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Gasolina é encontrada por até R$ 5,29 em Juiz de Fora após aumento da Petrobras

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No mesmo dia em que o reajuste no preço da gasolina nas refinarias brasileiras começou a valer, os motoristas juiz-foranos já se depararam com aumentos nos valores nas bombas de combustíveis ainda no início da manhã desta quarta-feira (25). A medida, que autorizou aumento de 7,47% no valor da gasolina revendida aos distribuidores, foi anunciada na terça-feira (24) pela Petrobras. Em levantamento realizado pela Tribuna em sete postos de diferentes regiões de Juiz de Fora, o valor máximo encontrado para o litro da gasolina foi R$5,29. Já o menor preço foi de R$ 4,99.

A média do valores encontrados nos estabelecimentos procurados pela reportagem, entretanto, foi de R$ 5,16, representando assim aumento de 1,57% ante o preço médio da gasolina no município aferido na última semana pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Ainda que o valor médio do litro do combustível vendido nas refinarias tenha sofrido acréscimo nominal de R$ 0,23 com o reajuste, o repasse ao consumidor final deveria ser inferior, devido ao fato de a gasolina comercializada nos postos possuir cerca de 27% de etanol anidro em sua composição.

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Ainda de acordo com a Petrobras, o aumento no valor da gasolina segue a evolução dos preços de referência e a prática de preços da empresa, indexada às variações da revenda do petróleo no mercado internacional, além de também estar atrelada à cotação do dólar. Em entrevista, o economista Wilson Rotatori avaliou que, por mais que uma possível mudança na política de preços possa beneficiar o consumidor final, ainda não existem tratativas concretas relacionadas ao tema. Desde outubro de 2016, a companhia deixou de utilizar parâmetros baseados em indicadores internos do país para determinar o preço de revenda dos combustíveis, como gasolina e diesel, em suas refinarias.

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“A partir da posse do possível novo presidente da Petrobras, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), talvez a gente possa começar a conseguir imaginar qual serão as alterações nas políticas de preço executadas pelo novo Governo. Entretanto, eu não acredito que ela fuja totalmente da cotação internacional, tendo em vista a nossa grande dependência do diesel, que chega a ser importado em sua grande maioria em nosso país. Desta forma, é bem plausível que os preços continuem próximos aos praticados no mercado internacional”, analisa Rotatori.

Tribuna percorreu sete postos e encontrou o litro do combustível sendo vendido de R$ 4,99 a R$5,29 em JF (Foto: Felipe Couri)

Consumidor deve preparar o bolso para futuros aumentos

Em vigor desde maio de 2022, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desonerou todos os impostos federais sobre os combustíveis utilizados em automóveis, a Medida Provisória (MP) promulgada com o intuito de reduzir o valor dos consumíveis foi renovada no primeiro dia de Governo do presidente Lula (PT), diante da imprevisibilidade que um possível aumento repentino nas tarifas poderia gerar na economia geral do país. Entretanto, a validade desta MP já está chegando próxima ao fim, tendo em vista que a isenção da cobrança de impostos federais, tais como Confins e PIS sobre os combustíveis, tem prazo para terminar em 28 de fevereiro.

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Consultado pela reportagem, o economista Fernando Agra alerta que a população deve estar atenta para um possível aumento no preço dos combustíveis nos próximos meses, independentemente se a medida provisória for estendida, alterada ou extinta. “A isenção concedida pelo Governo anterior demonstra, ao mesmo tempo, a enorme necessidade de se realizar uma reforma tributária que englobe todos os setores da economia, inclusive o de combustíveis fósseis. Por outro lado, como essa mesma medida pode ser considerada insustentável ao longo prazo por reduzir a arrecadação, é possível que existam alterações nela em um futuro próximo. E é nessa perspectiva que os consumidores devem se preparar para possíveis aumentos”, relata.

Ainda na expectativa do economista, por mais que os possíveis reajustes futuros possam ser maiores que os atuais, a situação não deve ser a mesma enfrentada no início do ano passado, quando os combustíveis atingiram altíssimos patamares devido à guerra na Ucrânia. “Por mais que os futuros aumentos decorrentes destas alterações nos impostos cobrados nos combustíveis sejam mais pesados, nós não devemos repetir a mesma situação do ano passado, quando a gasolina chegou na casa dos R$ 7, R$ 8 por litro. Mas, por outro lado, acredito ser bem difícil que o valor da gasolina se mantenha na casa dos R$ 5 como está hoje”, afirma Agra.

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Aplicativos ajudam na busca pelo menor preço da gasolina

Uma alternativa para buscar os melhores preços dos combustíveis, indicada por Fernando Agra, é a utilização de aplicativos que mostram os preços dos postos de combustíveis na região em que o consumidor reside. Desta forma, os motoristas não precisam perder tempo se deslocando pela cidade, além de evitar gasto desnecessário com a gasolina que seria gasta durante a procura. “Um ótimo exemplo que eu mesmo uso é o aplicativo Educação Fiscal MG, do Governo de Minas, que indica pelo celular do consumidor quais são os preços dos combustíveis em vários postos da cidade”, recomenda.

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