O movimento é constante nas ruas do Centro de Juiz de Fora neste sábado (24), véspera de Natal, quando consumidores correm contra o tempo para garantir os tradicionais presentes. Com as portas abertas até às 18h, a expectativa dos lojistas é que as vendas de última hora possam alavancar o setor, impactado desde o começo da pandemia. Pesquisa do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio) aponta que a média das lembranças é de R$ 150.
A entidade aposta em um crescimento de 3% a 18% em relação ao último Natal, mas o retorno aos índices de 2018 e 2019 só deve acontecer em 2023. “Juiz de Fora costuma seguir a média mineira, mas vamos aguardar”, pondera o presidente do Sindicomércio, Emerson Beloti.
O protético Ryan Augusto, 37, foi garantir presentes para a família neste sábado, mas logo pela manhã. “Trabalhei até ontem, então só deu para comprar hoje, em cima da hora.” Ele considera que os produtos não inflacionaram na comparação com 2021.
Segundo a vendedora da loja Lupo da Rua São João, Andressa Melo, o movimento aumentou na última quarta-feira, quando a pausa na chuva colaborou. Ela está otimista com as vendas. “Acreditamos que este ano vai melhor do que o passado em até 70%. Em 2021, as pessoas ainda estavam inseguras com a pandemia, e agora estão mais animadas. A decoração natalina no Centro, como no Parque Halfeld, também ajudou a animar.” Conforme ela, a média de presentes no estabelecimento está em torno de R$ 100.
Na Arezzo da Rua São João o vem e vai se intensificou na sexta, e a expectativa é de loja cheia neste sábado. Segundo a funcionária Marcele Tavares, entre os itens preferidos pelos clientes está uma bolsa, de R$ 179, além de vários modelos de calçados. Ela também acredita que este ano as vendas vão ser melhores.
Para a gerente da loja de decoração Liv, Renata Pereira, os negócios estão bem superiores neste Natal, em comparação com o último. “Pessoal tem procurado bastante presente e decoração natalina.” Ainda durante a manhã, ela considerou o movimento durante a semana melhor do que neste sábado. “Hoje as pessoas costumam vir mais tarde para o Centro.”
Balanço
Segundo Beloti, alguns setores estão indo muito bem nas vendas, enquanto outros estão aguardando o resultado deste último dia. “O comércio é muito heterogêneo, mas temos lojas bastante cheias, e a expectativa é a melhor possível.” Segundo ele, os setores de vestuário e calçados são os mais procurados, seguidos por acessórios, brinquedos, perfumarias e cosméticos, finalizando com eletrônicos. “Acreditamos em resultados bem satisfatórios.”
Sobre a média de presentes em torno de R$ 150, ele avalia que o consumidor não está querendo fazer grandes parcelamentos para poder encarar janeiro e fevereiro, quando chegam as contas do começo de ano, como IPTU e matrícula escolar.