Com demissões superiores às contratações, Juiz de Fora fechou o mês de outubro com déficit de 104 empregos com carteira assinada. O resultado é, pelo menos, duas vezes pior do que o verificado no mesmo mês de 2015, quando foram eliminadas 48 postos. Na comparação com setembro, houve pequena melhora no cenário. Na época, o saldo ficou negativo em 176 vagas formais. Os dados integram o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No ano, o número de oportunidades extintas é 2.204. Em 12 meses, o saldo negativo chega a 3.299 na cidade. Este ano, em apenas dois meses o estoque foi positivo: abril (217) e agosto (236).
Dentre os setores produtivos mapeados, o comércio seguiu a tendência nacional e fechou com saldo positivo (173 oportunidades), motivado, principalmente, pelas contratações temporárias de final do ano. A expectativa do Sindicato do Comércio (Sindicomércio) é criar 600 oportunidades este ano. O número aponta redução de 40% da oferta em comparação com 2015, quando foram abertas mil vagas. Já os setores de construção civil, serviços e indústria da transformação apresentaram retração de 155, 120 e dois postos, respectivamente. Na análise do acumulado do ano, no entanto, o comércio continua liderando as dispensas (-870), seguido por construção civil (-681) e indústria da transformação (-342).
No país, o mercado de trabalho perdeu 74.748 empregos celetistas em outubro, número inferior ao registrado no mesmo mês de 2015 (169.131). Em relação a setembro, houve recuo de 0,30% no estoque de empregos formais, que alcançou 38.941.234. A exemplo do que aconteceu na cidade, o comércio apresentou resultado positivo (12.946 vagas), alta de 0,14% na comparação com o mês anterior. A recuperação do setor ocorreu principalmente pelo desempenho verificado nos ramos varejista (9.578 postos) e atacadista (2.918 postos).