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Postos de combustíveis amanhecem fechados em Juiz de Fora

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No Cascatinha, posto amanheceu totalmente fechado (Foto: Wendell Guiducci)
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Juiz de Fora amanheceu com boa parte dos postos de gasolina fechados, nesta quinta-feira (24). No trajeto feito pela Tribuna, do Bairro Estrela Sul, Zona Sul, até Santa Cruz, na Zona Norte, 12 estabelecimentos estavam sem funcionar e apenas dois seguiam abertos. Um dos locais abertos é um posto na Avenida Brasil, no Centro, onde já se havia uma grande fila de carros para abastecer antes das 7h. O outro, no Bairro Barbosa Lage, mantinha um fluxo tranquilo de consumidores no mesmo horário.

No Posto Padre Café serão revendidos mil litros de gasolina sem impostos (a R$ 2,355), limitado a 20 litros para 40 carros e 8 litros para 25 motocicletas. (Foto: Pedro Capetti)

Enquanto muitos motoristas encontram dificuldades para abastecer seus veículos devido à greve dos caminhoneiros ou ao preço dos combustíveis, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) realiza, nesta quinta-feira (24), o Dia de Liberdade de Impostos.

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O movimento, no âmbito do varejo de combustível, consiste na oferta do produto com preços sem a incidência de impostos. Nessas condições, serão abastecidos 40 carros e 25 motos. Em Juiz de Fora, a iniciativa acontece no Posto Padre Café, em São Mateus, a partir das 9h. O valor praticado para a gasolina será de R$ 2,355 o litro. O limite de abastecimento é de 20 litros para carros e oito para motociclistas.

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O primeiro motorista a chegar  ao posto foi Victor Hugo Fonseca, 22 anos. Motorista de veículos por aplicativo, ele deixou o carro estacionado no posto às 23h de quarta-feira para abastecer o tanque, e foi para casa dormir, retornando às 7h do dia seguinte. “Deixei o carro aqui e fui dormir. Não queria fazer isso, mas era o que dava. Estava quase sem gasolina, não consegui abastecer ontem pela fila e pelo preço nos postos. Hoje cedo peguei um ônibus e voltei pra cá”, conta.

O ato surpreendeu o também motorista por aplicativo, André Vidal, 22. Sexto na fila, ele acreditava que seria o primeiro a abastecer, quando chegou ao posto às 2h. “Eu tinha pouca gasolina no tanque, então corri para aproveitar a ação por causa do preço e da necessidade de abastecer. Quando cheguei, muita gente já tava por aqui”, relata.

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Até às 8h desta quinta, todas as senhas para carros e motos já haviam sido distribuídas. Os carros estão estacionados em uma das faixas da Avenida Presidente Itamar Franco. O abastecimento somente é feito diretamente no tanque do veículo, pois é proibida, por lei, a comercialização em vasilhames, galões e outros recipientes. O pagamento deve ser feito em dinheiro.

Conforme a assessoria de imprensa do Minaspetro, o valor de R$ 2,355 representa a gasolina comum sem a incidência dos cerca de 47% (R$ 2,102) de impostos (CIDE, ICMS e PIS/COFINS) que compõem o preço final do produto.

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Escassez

Nesta quarta-feira, os juiz-foranos realizaram um verdadeira corrida aos postos de gasolina. Ainda na manhã, em parte dos estabelecimentos já não havia mais combustível disponível, reflexo da greve dos caminhoneiros iniciada no último domingo (20). O litro da gasolina chegou a R$ 4,99, aumento de 11% em comparação ao preço médio de R$ 4,49 praticado na cidade até sábado, conforme levantamento mais recente realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). O etanol atingiu o valor de R$ 3,29, 13% mais caro do que o custo médio de R$ 2,91 verificado anteriormente. Já o diesel era vendido a R$ 4,20, 12,6% maior do que a média de R$ 3,73 apontada na pesquisa.

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