A Unimed e a Santa Casa de Misericórdia não chegaram a um acordo sobre as questões contratuais que motivaram o hospital a suspender o atendimento dos usuários do plano de saúde a partir do dia 5 de junho. Ontem, ambas as partes se reuniram com representantes da Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/JF) para tentarem resolver o impasse, mas não entraram em consenso. Uma nova reunião foi agendada para o dia 1º de junho.
Segundo o Procon/JF, o encontro foi marcado com objetivo de incentivar um acordo, e, principalmente, garantir que os mais de 300 mil beneficiários do plano de saúde na região da Zona da Mata não sejam lesados, caso a suspensão dos atendimentos seja mantida pelo hospital. “Nosso intuito é estabelecer um acordo sem prejuízos para os consumidores”, afirmou o superintendente do órgão, Evandro Borelli, por meio de sua assessoria.
Em nota, a Unimed informou que a decisão de encerrar os atendimentos partiu da Santa Casa. “O prestador não aceitou a proposta de reajuste (o mesmo negociado e aceito por toda rede hospitalar), apresentando uma proposta com parâmetros muito acima das práticas de mercado, sendo considerada inviável. Os beneficiários estão sendo informados sobre as opções disponíveis para atendimento nos recursos próprios e rede conveniada da Unimed Juiz de Fora.” A assessoria de comunicação da Santa Casa explicou que a suspensão ocorreu devido ao vencimento do contrato de prestação de serviços, expirado “há mais de 60 dias, impossibilitando, de acordo com a normas do hospital, a manutenção do serviço.”
Após a reunião, o Procon/JF solicitou novas propostas contratuais para serem apresentadas no próximo encontro, além de uma definição, pela Unimed, sobre como será o atendimento dos usuários do plano de saúde, caso não haja um acordo entre as partes. Em nota, a assessoria da Santa Casa afirmou que “está aberta ao diálogo com a operadora de saúde Unimed Juiz de Fora”.