Ícone do site Tribuna de Minas

Juiz de Fora cria 2.896 vagas de emprego em 2019

foto ilustrativa de empregos: carteira de trabalho ctps

Mais de 6,5 mil empresas foram abertas em Juiz de Fora no ano de 2022; em contrapartida, 3.103 negócios foram fechados no período

PUBLICIDADE

Juiz de Fora fechou 799 empregos formais em dezembro de 2019, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (24). Apesar do desempenho negativo para o mês, a cidade conseguiu encerrar o ano com saldo positivo de 2.896 vagas, resultado entre as admissões e as demissões feitas ao longo de 2019. O resultado ainda está longe do período áureo da empregabilidade, registrado entre 2010 e 2012, quando a cidade criava mais de seis mil empregos a cada ano, mas contribui para a recuperação dos mais de oito mil empregos perdidos entre 2014 e 2017. O resultado de 2019 é o melhor dos últimos sete anos, desde 2013.

O desempenho negativo de dezembro foi alavancado pelo setor de serviços, que perdeu 560 postos de trabalho no mês. “O setor é muito heterogêneo, e o Caged não identifica quais atividades foram responsáveis por esta perda. Sabemos que, por conta da sazonalidade, os serviços pessoais tendem a sofrer uma queda de demanda em decorrência da realocação da renda das famílias, seja para o consumo nas festas de final de ano ou para a quitação das despesas de janeiro”, analisa o economista e professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Fernando Perobelli.

PUBLICIDADE

Outra possibilidade que pode ter impactado o setor é o advento da tecnologia. “Há muitas atividades propensas à redução de mão de obra por conta dos processos tecnológicos. Temos acompanhado esta situação em portarias de edifícios e serviços de atendimento ao consumidor que foram automatizados”, pontua o especialista.

PUBLICIDADE

O presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), entidade que também representa parte do setor de serviços, Emerson Beloti, concorda. “Alguns segmentos foram bombardeados pela tecnologia. É o caso das locadoras de vídeo, por exemplo.” Em contrapartida, o comércio foi o único dos principais setores econômicos da cidade que criou vagas em dezembro, um total de 53. “O número é muito pequeno, mas pelo menos paramos de cair”, afirma Beloti. A indústria de transformação e a construção civil fecharam o mês com redução de 170 e 123 postos de trabalho, respectivamente.

Recuperação econômica é almejada para 2020

O resultado da geração de empregos no ano passado, em Juiz de Fora, é considerado “dentro do esperado” para o cenário econômico do período. “A criação de 2.896 vagas está condizente com o histórico que vivemos. Em 2018, a economia estava num compasso de espera por conta das eleições. Em 2019, tivemos o primeiro ano do Governo. Ainda não passamos por uma melhora consistente que promovesse a recuperação da atividade econômica e aumentasse o nível de contratações”, explica Perobelli. Desta forma, as expectativas se voltam para que a retomada aconteça este ano.

PUBLICIDADE

Na análise setorial, o setor de serviços foi o que mais gerou empregos ao longo do ano, um total de 1.986. Em seguida esteve o comércio, com saldo de 678 postos. “Ainda não podemos comemorar, pois estamos longe de recuperar as perdas que tivemos. No caso do comércio, o número de vagas é muito pequeno dentro do universo de mais de 30 mil trabalhadores que o setor emprega na cidade. Agora é trabalhar para que este ano seja melhor”, diz Beloti.

A indústria de transformação criou 279 vagas em 2019. Já a construção civil, considerada termômetro da economia, foi o único setor que apresentou desempenho negativo, com redução de 21 empregos formais. “A perda é muito pequena e não coloca em risco a possibilidade de retomada do crescimento econômico”, afirma Perobelli.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile