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Demanda por buffets cresce até 80% em JF

socia do atelier da boa comida marilde vianello disse que fez de tudo para segurar os precos so nao conseguiu no caso dos produtos importados marcelo ribeiro

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socia do atelier da boa comida marilde vianello disse que fez de tudo para segurar os precos so nao conseguiu no caso dos produtos importados marcelo ribeiro
Sócia do Atelier da Boa Comida, Marilde Vianello disse que fez de tudo para segurar os preços, só não conseguiu no caso dos produtos importados MARCELO RIBEIRO
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Na reta final de 2016, os juiz-foranos estão em festa para se despedir de um ano que não foi fácil. A crise econômica, que acarretou o aumento do desemprego e a consequente queda da renda das famílias em todo o país, tem exigido uma adequação das comemorações, mas abrir mão das ceias de Natal e Réveillon não faz parte dos planos. Com isso, os serviços de buffet de Juiz de Fora têm trabalhado a todo vapor. Em alguns casos, a demanda de pedidos cresceu 80% em relação a 2015, e novos pedidos só serão aceitos para 2017. O valor do serviço pode variar de R$ 40 a R$ 120 por pessoa, dependendo da sofisticação de pratos e salgados.

A proprietária do Show de Festas Buffet, Regina Monteiro Oliveira, conta que se surpreendeu com a procura dos consumidores. “Está muito melhor do que o ano passado, e eu não esperava. Estamos atendendo clientes da cidade, do entorno e, também, do Estado do Rio de Janeiro.” Segundo ela, o perfil das encomendas mudou em relação aos outros anos. “As pessoas estão se adaptando ao momento econômico. As reuniões são particulares, para a família, e com um clima mais intimista. As encomendas são menores, porém, o volume de pedidos aumentou 80%.”

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A adaptação dos consumidores também foi percebida pela sócia do Atelier da Boa Comida, Marilde Vianello. “As pessoas nos procuram perguntando o que é possível fazer com determinado valor. Nós vamos atendendo, oferecendo o que pode ser bom e agradável dentro daquele orçamento.” Ela explica que para evitar uma queda brusca nas encomendas manteve os preços do ano anterior. “O principal perfil do nosso consumidor é a classe média, que foi quem mais sofreu com a crise. Então, fizemos de tudo para poder segurar os valores. Só não conseguimos no caso dos produtos importados, que sofrem a interferência do dólar”, diz. “Mesmo assim, ainda vemos que a procura por informações é muito maior do que a realização de pedidos, o que mostra que há pessoas interessadas, mas que ainda estão sem condições de adquirir.”

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A praticidade e a comodidade de adquirir as ceias prontas estão entre os principais fatores que motivam os consumidores a buscar os serviços de buffet mesmo em tempo de crise. “Os eventos estão menores, as pessoas estão fazendo alguns cortes e deixando de contratar o serviço completo, mas a demanda existe. A preocupação em economizar faz com que eles modifiquem o formato da comemoração. Nós mantivemos os clientes que estão fidelizados conosco e conseguimos conquistar novos consumidores”, diz o proprietário do Fátima Buffet, João Matos.

Pedidos esgotados

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No buffet Ana Lúcia Salgados, a gerente Adriana Rial tem direcionado novos pedidos para outros estabelecimentos. “Nós imaginávamos que haveria queda este ano, mas estamos trabalhando muito. Não temos mais condições de atender encomendas, por isso, estamos indicando outros profissionais.” Segundo ela, a produção de salgados em dezembro do ano passado ficou em torno de 110 mil, e para este ano deve aumentar 40%, chegando a 150 mil.

 

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Valor médio por pessoa é de R$ 167

Pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostrou que 82% dos brasileiros irão participar de confraternizações este ano, e que o valor médio gasto por pessoa com a ceia ou almoço de Natal será de R$ 167,90.

A proposta de reunião com clima mais intimista também foi retratada no estudo, que revelou que 82% irão participar de comemorações entre familiares, e que as festas devem ocorrer em casa.

Com relação a gastos complementares, 64% pretendem comprar roupas, sapatos ou acessórios novos para celebrar o Natal, investindo, em média, R$ 230,74 com os itens.

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Setor de alimentação sem crise

Na contramão da crise, o setor de alimentação de Juiz de Fora irá encerrar 2016 com aumento de 3,8% do faturamento, o que não significa que muitas dificuldades foram vividas ao longo do ano.

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“O setor é um exemplo de determinação e força de vontade. Os empresários não aceitaram estar em crise e buscaram saídas para ela, o que trouxe esse resultado positivo, que deve ser muito comemorado em meio a um período de fechamento ostensivo de indústria em diversas áreas”, analisa o presidente do Centro Industrial, Leomar Delgado.

Para se sobressair à retração, o setor criou diferentes estratégias. “A desestruturação da máquina pública prejudicou todos os setores da sociedade. Buscamos alternativas como diversificação de mix de produtos e novas áreas de atuação para poder manter ou até mesmo crescer o faturamento”, explica a presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Juiz de Fora (SIA-JF), Flávia Gonzaga.

Para 2017, o sindicato pretende incentivar a exportação das empresas e cursos serão realizados na recém inaugurada Área de Alimentos e Panificação Ormeu Baptista de Castro, no Centro de Formação Profissional José Fagundes Netto.

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