De olho na chegada da Black Friday, saldão do comércio virtual que também ganha as lojas físicas nesta sexta-feira (25), o Serviço de Defesa do Consumidor (Sedecon) da Câmara Municipal lançou uma ação que visa a monitorar denúncias de ofertas suspeitas por meio das redes sociais. Os usuários devem expor a situação em suas contas pessoais (Facebook ou Twitter), utilizando, na postagem, a hashtag #sedeconnablackfriday.
“Vamos utilizar a hashtag para encontrar estas denúncias e apurar se elas procedem e se podem oferecer riscos ao consumidor”, explica Carlos Alberto Gasparete, coordenador do Sedecon. O órgão quer verificar se os valores dos produtos, de fato, são vantajosos. Para isso, o órgão vai dispor de uma tomada de preços realizada em outubro pelos Procons do Rio de Janeiro e de São Paulo, que listou modelos de celulares, geladeiras e eletrônicos mais buscados durante a Black Friday. Com esta tabela, será possível verificar se houve, de fato, redução nos preços praticados em Juiz de Fora.
Conforme Gasparete, no ano passado, o órgão de defesa do consumidor recebeu reclamações referentes ao não cumprimento das ofertas anunciadas, sob o argumento de erro e outras justificativas consideradas descabidas. Daí a ideia de criar esta ferramenta. A intenção é deslocar uma equipe para responder, com agilidade, as demandas apresentadas pelos consumidores.
Para o coordenador, é importante evitar comprar por impulso. Se a aquisição for realmente necessária, deve-se realizar pesquisa de preços. “É a melhor forma de não cair em golpes. Outro ponto importante, no caso da internet, é atentar para o valor do frete, que pode ser mais caro do que o produto buscado”. Na avaliação do especialista, em tempos de economia fragilizada e risco de desemprego, a compra por impulso é uma irresponsabilidade.
Horário especial
Em Juiz de Fora, por conta da Black Friday, o comércio está autorizado a funcionar em horário estendido. Na sexta, as lojas podem manter as portas abertas entre 8h e 20h. No sábado, os shoppings podem ampliar o funcionamento das 10h às 23h. A possibilidade é garantida por meio de acordo firmado entre os sindicatos patronal e de classe.