Ícone do site Tribuna de Minas

Futuro da zona do euro será decidido nesta semana

PUBLICIDADE

Mais uma vez, começa uma semana decisiva para o futuro da zona do euro especificamente e do projeto europeu como um todo. No dia 30 de junho, vence a próxima parcela de 1,6 bilhão de euros que a Grécia está devendo ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Após diversas ameaças dos dois lados quanto a pagamento e consequência de um possível não pagamento das dívidas, as negociações entram na fase decisiva com o encontro de líderes europeus em Bruxelas.

Encontro: Primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e o chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker

Até o momento, o Governo grego liderado pela primeiro-ministro Alexis Tsipras não conseguiu apresentar um plano conclusivo que tenha o apoio da maioria dos integrantes da zona do euro. Principalmente a Alemanha com sua chanceler Angela Merkel e o chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que esperam a proposta de reformas econômicas que podem fazer com que a país helênico volte a honrar suas obrigações financeiras sozinho a meio prazo.

PUBLICIDADE

O governo grego continua em uma situação delicada. Por um lado, ele tem que manter sua promessa eleitoral de não continuar novas medidas de austeridade por parte dos credores internacionais e pagar pensões e salários à população. Por outro lado, não pode arriscar um calote fiscal que muito provavelmente levaria a uma saída da Grécia da zona do euro. Esta situação não apenas seria contrária ao objetivo de uma Europa unificada, mas até contra a vontade da própria população grega.

PUBLICIDADE

Enquanto o povo grego está cansado de aceitar as intervenções da União Europeia em sua soberania fiscal com impactos imediatos em salários e aposentarias, a maioria dele continua a favor da permanência na zona do euro. O índice de aprovação de 60% está consideravelmente maior que a parte da população oposta, com 36%. Este fato foi demonstrado novamente nas manifestações no final de semana em Atenas, onde milhares de gregos de diversas opiniões políticas protestaram unidamente para não abandonar o caminho escolhido.

Ao mesmo tempo cresce a desconfiança na população se realmente será possível chegar a um acordo com os credores. Somente na semana passada, 3% do total de depósitos à vista no sistema bancário grego foram retirados de contas bancárias com medo do chamado Grexit, que se resume em controles de capitais e uma subsequente desvalorização da poupança. Por enquanto, não há motivo para preocupação com a falta de dinheiro líquido nos caixas eletrônicos, já que o Banco Central da Grécia pode recorrer a recursos disponibilizados pelo Banco Central Europeu.

PUBLICIDADE

Caso os pagamentos ao FMI na semana que vem e do total de 6,7 bilhões de euros à União Europeia em julho e agosto não fossem efetuados, esta situação pode mudar rapidamente. Por isso, as negociações sobre uma nova tranche de financiamento de 7,2 bilhões de euros esperado pelo governo grego a curto prazo, são indispensáveis para evitar maiores impactos econômicos e sociais. Visualmente não há falta de vontade de negociação de um acordo, mas as condições do trato determinam como cada participante será percebido pelos próprios eleitores.

 

PUBLICIDADE
Zona do euro

Em uma iniciativa de demonstrar a ambição e importância do projeto europeu, os líderes das cinco grandes instituições europeias apresentaram propostas para expandir a cooperação fiscal e fortalecer a zona do euro contra novas crises. Apesar de todas todas as turbulências e encontros de crise durante os últimos meses e anos, o euro continua estável frente ao dólar americano com 1,10 e forte que nunca comparado ao real brasileiro com cotação ao redor de 3,50 (fonte: www.dolarhoje.com.br/cotacao-euro/) Mas, novamente, o futuro da moeda está ligado às negociações atuais em Bruxelas esta semana.

 

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile