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Ovos de Páscoa parcelados em até dez vezes em JF

destacada páscoa Marcelo Ribeiro

(Foto: Marcelo Ribeiro)

ovo da páscoa Marcelo Ribeiro
Produção de ovos na fábrica Kayambá (Foto: Marcelo Ribeiro)
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A quase uma semana para a Páscoa, celebrada este ano em 1º de abril, o mercado juiz-forano está otimista para a data. Enquanto a produção de chocolates segue a todo vapor nas fábricas, o varejo adota diferentes estratégias para atrair os consumidores. O momento financeiro ainda exige cautela, por isso, a solução foi manter os preços praticados em 2017. Como a comemoração será antes do quinto dia útil do mês, outra alternativa que ganha força é a oferta de parcelamento dos ovos de chocolate. Há quem ofereça a possibilidade de pagamento em até dez vezes sem juros. Apostando em variedade e novidades que prometem seduzir adultos e crianças, a expectativa é que as vendas cresçam até 30%.

Esta é a estimativa da proprietária da Casa das Trufas, Cristiane Lamha Machado. “No ano passado, as vendas aconteceram, mas percebemos que o tíquete médio das compras foi menor. Este ano, estamos mais otimistas. Produzimos uma maior variação de ovos, mas os preços foram mantidos. Também daremos oportunidade ao consumidor para montar a cesta do jeito que ele preferir.” Ela conta que os preparativos para a Páscoa já têm despertado o interesse de quem passa em frente à loja. “A movimentação para as compras acontece mais próximo da data, mas as pessoas estão perguntando sobre preços e produtos disponíveis.”

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Também otimista com o crescimento das vendas, o proprietário da Chocolates Kayambá, Rubens Kayambá, aumentou a produção em cerca de 8% em comparação com 2017. “Acredito que teremos resultados bem melhores. Trabalhamos com muito planejamento, fizemos redução de custos e conseguimos segurar os preços. Mesmo o fato de a Páscoa ser no primeiro dia do mês, quando ainda não saiu o pagamento, acredito que não será problema para as vendas, pois existe a possibilidade de compra no cartão de crédito.” Na loja, a oferta de produtos também é variada, indo dos ovos de chocolate recheados e trufados até às versões diet e com brinquedos.

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Diante da iniciativa da indústria de estabilizar os preços, a Associação Mineira de Supermercados (Amis) reviu a projeção de crescimento das vendas do setor para itens sazonais. Inicialmente estimada em 3%, a entidade reavaliou para 4%. O superintendente Claret Nametal explica que a indústria “está atenta às mudanças no perfil dos consumidores, que tem optado por produtos de menor custo”. Segundo ele, as vendas de ovos de Páscoa, por exemplo, devem se concentrar em produtos na faixa de preço entre R$ 20 e R$ 30.

Páscoa parcelada em até 10 vezes

(Foto: Leonardo Costa)

O setor supermercadista de Juiz de Fora está mais otimista e espera crescimento bem acima dos 4% estimados pela Associação Mineira de Supermercados (Amis). Para isso, a alternativa de parcelamento dos ovos de Páscoa se popularizou entre os estabelecimentos. No Bahamas, os produtos seguem como carro-chefe das vendas para a data e podem ser comprados em até seis vezes com o cartão da marca. “As barras e as caixas de bombons são consumidas ao longo do ano, já os ovos de chocolate carregam a tradição desta época”, analisa o gerente de marketing, Nelson Júnior.

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Ele confirma que os preços foram mantidos. “A indústria percebeu que não adianta elevar demais os valores, até porque os ovos têm o momento certo para venda. Oferecer um preço justo é uma forma de atender o consumidor e alavancar as vendas.” Com os produtos já em exibição nas lojas, ele explica que a demanda é maior na véspera da Páscoa. “Entendemos que o processo de venda é diferente nesta data. Os ovos ficam em exposição por 40 dias, mas 80% do volume de vendas ocorre na última semana.”

O gerente comercial do Bretas, Kleber Melo, afirma que o supermercado espera vender 270 toneladas de chocolate, estimando aumento de 16% das vendas de ovos e 40% das barras e caixas de bombom. “É uma das melhores datas para o varejo, e estamos com muitas novidades para agradar a todos os tipos de gostos e bolsos.” Os ovos também podem ser parcelados em até três vezes no cartão de crédito. Kleber destaca, também, a venda da Colomba Pascoal, produto que tem ganhado espaço entre as compras deste período.

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A assessoria do Carrefour informou que a rede também tem apostado em produtos diferenciados de fabricação própria, como o Bolo de Páscoa e os pratos prontos para o almoço comemorativo. Sobre os tradicionais ovos de chocolate, destacou que os consumidores podem parcelar em até dez vezes com o cartão do supermercado.

Diferença de preços chega a 127%

Os órgãos de defesa do consumidor alertam que a pesquisa de preços deve continuar como principal aliada na hora das compras, já que um mesmo produto pode mais do que dobrar de valor entre um estabelecimento e outro, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Defesa do Consumidor de Juiz de Fora (Sedecon-JF). O levantamento foi feito entre os dias 13 e 15 de março, em quatro estabelecimentos da cidade. Dos 108 produtos pesquisados, 25 apresentaram diferença acima de 20%.

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O produto que apresentou maior oscilação de preços foi o caminhão de Páscoa com ovinhos de chocolate da marca Montevergine, de 90 gramas, que podia ser comprado por R$ 6,99 ou R$ 15,99, uma variação de 127%. Em seguida na lista, aparece a embalagem com 20 mini ovos Baton, da Garoto, com diferença de (81,89%), vendido por R$ 10,99 até R$ 19,99. Em terceiro lugar estão os ovinhos de chocolate com recheio ao leite da marca Montevergine, com 85 gramas, que custavam entre R$ 3,98 e R$ 6,99, uma oscilação de 75,63%. Já o ovo de Páscoa número 15 Ao Leite, da Lacta, era vendido entre R$ 27,90 e R$ 43,98, uma diferença de 57%.

A Agência de Proteção e Defesa do Consumidor de Juiz de Fora (Procon/JF) alerta os consumidores para que as compras de Páscoa não fujam do orçamento e provoquem dores de cabeça futuramente. “O preço dos ovos de chocolate, geralmente, são mais altos se comparados ao valor cobrado por barra ou caixa de bombons. Por isso, antes de comprar, é importante pesquisar bem e pensar primeiro no bolso. Os produtos que vêm com brinquedos e embalados com personagens infantis podem custar ainda mais. Então, se possível, crianças não devem ser levadas às compras”, avisa a assessoria.

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