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Estratégias de lojistas tentam atrair troco

supermercado bahamas tenta sensibilizar clientes

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Supermercado Bahamas tenta sensibilizar clientes
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Supermercado Bahamas tenta sensibilizar clientes

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A cada dez moedas recebidas na rua, três ou quatro ficam guardadas em casa, por um prazo que vai de uma semana (46%) a um ano (1%). O estudo “O brasileiro e a sua relação com o dinheiro”, realizado pelo Banco Central (BC), apontou, ainda, que mais da metade dos consumidores (52%) sentem falta da moeda de R$ 1 na hora de fazer um pagamento. Cerca de 40% reclamam da escassez de R$ 0,50 e outros 32% da moeda de R$ 0,25. Entre os comerciantes, as moedas de R$ 1 (59%) e R$ 0,50 (43%) são as que mais fazem falta na hora do troco. A pesquisa é do ano passado.

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Se a queixa em relação à dificuldade de troco é uma constante no comércio juiz-forano, parece ganhar coro – e corpo – neste final de ano. Na busca pelas moedas guardadas no cofrinho de casa, cada estabelecimento adota uma estratégia diferenciada, que vale desde a conscientização por meio de material informativo à troca por lanches.

No McDonald’s, a iniciativa de trocar R$ 100 em moedas (de qualquer valor) por um x-burguer ou sundae tem dado certo. Segundo o gerente Ednei da Silva Pinto, nas últimas duas semanas, pelo menos quatro ou cinco clientes garantiram o troco que tem faltado nos caixas. Conforme Ednei, a mobilização é regional, incluindo restaurantes mineiros e cariocas. “A falta é grande, não chega moeda.” Por enquanto, avalia, ainda é possível garantir o troco, mas, se a situação se agravar, um segundo plano pode ser arredondar o valor, o que ainda não precisou ser feito em Juiz de Fora.

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No Bahamas, a saída encontrada foi motivar o consumidor a esvaziar o porquinho neste final de ano, por meio de material informativo com o slogan “troque suas moedinhas, no Bahamas elas têm muito valor”. Segundo o gerente de Marketing, Nélson Júnior, já foram realizadas pelo menos três campanhas visando a incentivar os clientes a levarem as moedas para o comércio. “Estamos abertos a receber essas moedas e trocamos a quantidade que for.” Para Nélson Júnior, a situação é grave. “Há uns dias, faltavam mais um e cinco centavos, hoje falta tudo.”

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) reconhece o problema e atesta que ele foi agravado nos últimos meses. Segundo o presidente da CDL, Marcos Tadeu Casarim, o comércio tem sido prejudicado com o costume de se guardar moedas em casa, especialmente as de R$ 0,50 e R$ 1. “Na falta de troco, os lojistas estão procurando alternativas, como arredondar o preço, mas é preciso que o consumidor se conscientize que a falta prejudica a todos.”

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Independente da dificuldade enfrentada pelo comércio, dar troco em balas ou chicletes é uma prática ilegal, que fere o Código de Defesa do Consumidor (CDC), adverte o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). “Essa prática pode ser vista até mesmo como enriquecimento ilícito no caso de acontecer com frequência ou em grande proporção, pois o estabelecimento estaria lucrando indevidamente a custa do patrimônio alheio, do consumidor”, explica o advogado Guilherme Varella.

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