Com o objetivo de dar corpo à greve dos servidores do Tribunal de Justiça (TJ) em Juiz de Fora, foi realizada, nesta quinta-feira (22), uma manifestação na porta do Fórum Benjamim Colucci. Com camisas pretas, o grupo se revezou no microfone para convocar colegas a integrarem o movimento. A meta é reduzir em 30% os atendimentos realizados no Fórum no horário entre 15h e 18h.
Segundo o diretor do Sindicato dos Servidores da Justiça de Primeira Instância do Estado de Minas Gerais (Serjusmig), Antônio Costa, uma das bandeiras levantadas é o reajuste de 6,28%, que teria sido aprovado em orçamento. A data-base da categoria venceu em maio. De acordo com Costa, a comarca local é uma das mais importantes do estado. Entre os serviços que devem ser comprometidos, ele cita o processo jurídico eletrônico (PJE) e as publicações.
O TJ, por meio de nota, lamentou a decisão de as entidades de classe continuarem o movimento grevista. A informação é que a Administração acenou com a proposta de concessão de abono pecuniário, em substituição ao reajuste salarial, em valores de R$ 4 mil a R$ 5 mil, de acordo com o perfil do servidor. A proposta teria como fundamento “a grave crise econômica que assola todo o país, e especialmente o Estado de Minas Gerais”. O Tribunal alertou, ainda, que a participação no movimento grevista, “à luz da jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, acarretará o desconto remuneratório do período não trabalhado”.