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JF é selecionada para programa de modernização dos distritos industriais

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*Atualizada às 19h16

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Juiz de Fora está entre os 13 municípios do estado que irão participar do programa “Revitalização e modernização dos distritos industriais mineiros”, promovido pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG).  Ontem uma reunião realizada na cidade entre empresários, representantes do setor  industrial e da Prefeitura definiu a prioridade entre as 34 ações propostas pelo estudo para a reestruturação do Distrito Industrial (DI) de Juiz de Fora. A primeira etapa de execução será focada em infraestrutura e custaria em torno de R$ 6 milhões. Também foi estabelecida uma governança local para o espaço. A proposta do programa é impulsionar os distritos para garantir o desenvolvimento econômico.
Na ocasião, o analista de projetos da Fiemg, Carlos Magno, apresentou o plano de ação que abrange sete eixos, envolvendo questões de governança, infraestrutura e logística, capacitação e recursos humanos, ciência e tecnologia, aspectos econômicos e financeiros, mercado e imagem, e competitividade industrial. Entre eles foram apontadas 26 necessidades e ações para corrigi-las. “Para a realização do estudo, entrevistamos empresas da cidade que apresentaram a realidade destas situações e sugeriram soluções. Também fizemos um mapeamento do local para identificar e aprofundar estas questões.”
De acordo com Magno, dentre os principais problemas relatados estão o sistema viário, que possui ruas esburacadas, mal sinalizadas, sem asfalto e que alagam em dias de chuva; o abastecimento de energia, que por conta de falhas causa interrupção da produção; e as dificuldades de acesso aos serviços de telecomunicações e internet. “Percebemos uma urgência em sanar estas questões.” As ações de revigoração dos sistemas de água e esgoto, readequação da iluminação pública e implantação de sinalização vertical e horizontal, para a melhoria da infraestrutura do espaço foram definidas como a primeira etapa da execução prática do projeto.  “O nosso objetivo era definir por onde começar para poder validar o nosso plano.” O valor de R$ 6 milhões para a realização desta etapa deve ser viabilizado pela Codemig. Ainda não há previsão para o início das obras.
Para cuidar da governança do espaço, os empresários escolheram o presidente da Associação de Empresas do Distrito Industrial (Assed), Tadeu Delão, como o representante local. “É importante ter alguém dedicado exclusivamente aos interesses das empresas e que irá se comprometer a acompanhar a execução das ações”, analisou Carlos. “Temos feito um trabalho com os empresários que não é fácil, mas não podemos desanimar. Temos que cada vez mais ter a participação de todos para conseguirmos estas melhorias”, avaliou Tadeu.
Além de Juiz de Fora, as cidades de Belo Horizonte, Betim, Sete Lagoas e as sedes de cada regional da Fiemg foram selecionadas para integrar o programa.

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Fiemg apoia criação de novo distrito

O levantamento mostrou que o Distrito Industrial (DI) possui 302 estabelecimentos situados em uma área de 4.392.628 m². “Este é o número de CNPJs, podemos ter uma empresa com mais de um, microempreendedores individuais”, explica o analista Carlos Magno. Mesmo constatando que os estabelecimentos possuem perfil diversificado, 43% deste total são indústrias, o que corresponde a 131 empresas. Juntas, elas correspondem a 60% dos empregos gerados, que totalizam quase quatro mil postos de trabalho. “É importante destacar, ainda, a localização privilegiada do distrito, próxima ao porto seco, fábrica da Mercedes e BR-040, que é um grande atrativo para a instalação de novos negócios.”
Na avaliação do presidente da Fiemg Zona da Mata, Francisco Campolina, as ações traçadas para o DI são de extrema relevância para a cidade. “São questões de infraestrutura e gestão que irão impulsionar o desenvolvimento da indústria. É importante que o setor, a Prefeitura e o Governo do Estado falem a mesma língua”, disse. “O que nos falta é investimento por parte do Estado. Nós precisamos deste apoio para que possamos continuar gerando emprego, renda e devolvendo este investimento em forma de arrecadação.”
Campolina destacou ainda que, apesar da realização de melhorias no DI, Juiz de Fora carece de espaço para sediar novos negócios. “Se uma empresa quiser se instalar em uma área de 50 mil m² não há. Necessitamos de um novo distrito e sabemos que a cidade tem mais de 4,5 milhões de m² para isso. Este espaço precisa ser disponibilizado.”

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