Após três meses de retração no mercado de trabalho, Juiz de Fora voltou a contratar mais do que demitir em agosto. No mês passado, foram criadas 523 oportunidades com carteira assinada, resultado de 4.763 admissões e 4.240 demissões. O número é 44,8% maior do que o verificado no mesmo mês do ano passado, quando o saldo era de 361 vagas. No ano, são 963 empregos formais abertos. Em 12 meses, o número é um pouco menor: 932. Os dados constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta sexta (21) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Nos três últimos meses, Juiz de Fora fez o caminho inverso, mais demitiu do que contratou, resultando na extinção de 251 empregos com carteira assinada em julho. Em junho, o resultado foi negativo (-19) e, em maio, o déficit foi de 254 postos. Até então, o município acumulava quatro meses consecutivos de performance positiva. Em janeiro foram abertas 179 vagas formais, em fevereiro, 96, em março, 117 e, em abril, 492. Até o final do dia, o desempenho por setor econômico no município não estava disponível para consulta.
No país, foram criados 110.431 empregos com carteira assinada, o melhor resultado para agosto nos últimos cinco anos. No acumulado do ano, são 568,5 mil novas vagas formais. No dia anterior, o presidente Michel Temer postou no Twitter que o Brasil havia criado mais de 100 mil vagas formais. Conforme informações repassadas pelo MTE, em sete dos oito setores da economia houve performance positiva. O setor de serviços liderou o ranking com 66.256 postos formais, seguido por comércio (17.859), indústria de transformação (15.764), construção civil (11.800), serviços industriais de utilidade pública (1.240), extrativa mineral (467) e administração pública (394).
Trabalho intermitente
Segundo o Ministério do Trabalho, na modalidade de trabalho intermitente, foram criados 3.996 empregos no mês. No regime de trabalho parcial, o resultado ficou positivo em 3.165 empregos. O salário médio de admissão foi de R$ 1.541,53 em agosto, o que representa alta real de R$ 5,26 ante julho. Na comparação com agosto do ano passado, no entanto, o salário de admissão caiu, perda real de R$ 1,50.