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JF elimina 133 empregos com carteira assinada

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Ao contrário do que aconteceu no país, Juiz de Fora não conseguiu, pelo segundo mês consecutivo, contratar mais do que demitir. O resultado é que, em maio, foram extintas 133 vagas com carteira assinada. O resultado é um pouco melhor do que o verificado no mesmo mês de 2016, quando o número de empregos eliminados chegou a 534, mas não chega a reverter o cenário de queda prevalecente em todo o ano. Desde o início de 2017, apenas abril apresentou saldo positivo: 464. Em todos os outros meses, o quadro é de retração: janeiro (-541), fevereiro (-391) e março (-410). Em maio, foram 4.078 contratações contra 4.211 demissões na cidade.

O economista Antônio Flávio Luca do Nascimento avalia que a economia está muito atrelada ao emprego e, na sua opinião, não há sinais de avanços políticos e econômicos que estimulem o empresariado a investir. Na avaliação do Antônio Flávio, são os investimentos que promovem a criação de vagas e a geração de renda. “O empresário continua com o pé no freio.” Ele critica a euforia em torno de resultados positivos que têm como base o mês anterior, destacando que uma análise estatística confiável precisa ter como base o intervalo mínimo de um ano. “Foi uma situação própria do mês de abril, que apresentou alguma variabilidade no processo.” Conforme o economista, o processo produtivo não apresenta curva ascendente, por isso o mercado de trabalho não reage, nem a economia.

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Ainda de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (20) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no ano, são menos 1.050 vagas celetistas. Em doze meses, foram eliminados 3.059 empregos formais na cidade. Os números também são melhores ante os verificados no mesmo período de 2016: no ano (-1.567) e em 12 meses (-4.452). A região que mais gerou empregos em maio foi o Sudeste, com a criação de 38.691 postos de trabalho formal. Os estados que se destacaram foram Minas Gerais, que teve saldo positivo de 22.931 postos, e São Paulo, que gerou 17.226 novas vagas. Segundo o Ministério do Trabalho, esses resultados se devem principalmente ao aumento na oferta de vagas formais em agropecuária, serviços e indústria.

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No país

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Pelo segundo mês consecutivo, e pela terceira vez este ano, o país apresentou saldo positivo na geração de empregos. No total de 34.253 novos postos de trabalho formal foram abertos em maio, aumento de 0,09% ante abril. O resultado também foi positivo se considerados os números de janeiro a maio. No acumulado do ano, houve crescimento de 48.543 postos de trabalho, representando expansão de 0,13% em relação ao estoque de empregos que havia em dezembro de 2016. Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, aos poucos, o país vem recuperando os empregos fechados nos últimos anos devido às crises econômica e política registradas no país.

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