Ícone do site Tribuna de Minas

Juiz de Fora cria 492 empregos no mês de novembro

população de JF

Um aspecto é a abertura de novas empresas no município entre 2018 e 2019. São mais 9.059 negócios formais na cidade, com destaque para o setor de serviços (Foto: Fernando Priamo)

PUBLICIDADE

Em meio ao período de contratações temporárias, o comércio abriu 600 vagas formais em novembro, se mantendo como o principal responsável pela geração de empregos em Juiz de Fora. Os dados foram confirmados, nesta quinta-feira (19), pelo levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. No entanto, setores como serviços, construção civil, agropecuária e indústria de transformação registraram saldos negativos. Ao todo, Juiz de Fora teve 4.480 admissões e 3.988 demissões, totalizando 492 empregos com carteira assinada em novembro. Em 2019, o saldo acumulado é de 3.670 postos de trabalho, superior aos 2.880 de 2018 neste período.

PUBLICIDADE

O presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio), Emerson Beloti, atribui o saldo positivo às contratações sazonais. “(O saldo) não é porque o comércio está numa crescente ou qualquer coisa maior do que isso. Quando chega no final do ano, principalmente de outubro em diante, existem contratações temporárias. (…) O comércio sempre valorizou o final do ano, principalmente com a Black Friday e o Natal. Se janeiro for um bom mês, acreditamos que ao menos 30% dos empregados possam ser efetivados”, explica. Entretanto, Beloti adverte que o desempenho está aquém do que gostaria. “O saldo positivo não pode ser somente no final de ano por conta das contratações temporárias. Esperamos que haja contratações durante todo o ano, até porque gera consumo.”

PUBLICIDADE

Em outubro, o comércio já liderava o resultado positivo do Município com 217 postos de trabalho gerados, acompanhado pela indústria de transformação, com 152, e pela construção civil, com 38. Em novembro, a título de comparação, tanto a indústria de transformação quanto a construção civil fecharam, respectivamente, 19 e 23 postos de trabalho. “Se (este resultado) fosse em março, falaria que, certamente, o comércio estaria crescendo, abrindo mais lojas e prosperando. Evidentemente, sempre esperamos um resultado melhor. Acredito que boa parte dessas contratações é temporária, mas não podemos deixar de citar que o comércio foi alavancado no segundo semestre”, pondera Beloti.

O desempenho solitário do segmento comercial em novembro repetiu o mesmo período de 2018. À época, foram 537 postos de trabalho criados, à margem dos demais setores, que registraram saldos negativos piores do que os deste ano. A indústria de transformação fechara 142 vagas, serviços, 120, construção civil, 81, e agropecuária, 37. Juiz de Fora, então, encerrou aquele mês com somente 148 empregos gerados. O aumento de 63 postos este ano no comércio, conforme Beloti, é uma sinalização de otimismo. “Houve um aumento superior a 10% do efetivo contratado em comparação a novembro de 2018. É uma sinalização de otimismo, porque ainda temos um déficit de pessoas desempregadas, o que, naturalmente, atrapalha a economia da cidade. Sem emprego, não há como consumir. Esperamos que o Natal seja forte para que pelos menos um aumento de 5% aconteça. Não estamos em nenhum patamar para falar que o comércio está espetacular, mas já tivemos anos piores.”

PUBLICIDADE

Brasil e Minas
Tanto o Estado de Minas Gerais quanto o Brasil também registraram saldos positivos em novembro. A exemplo de Juiz de Fora, ambos alavancados pelo segmento comercial. Em Minas, foram 12.282 postos de trabalho criados, liderados pelo comércio, com 6.153, por serviços (5.697) e pela construção civil (2.997). Exceção feita aos setores de agropecuária e administração pública, todos os demais registraram desempenho positivo. No Brasil, 99.232 vagas formais foram criadas em novembro, concentradas, exclusivamente, nos setores de comércio (106.834), serviços (44.287) e serviços de indústria de utilidade pública (419). O restante dos segmentos fechou postos de trabalho, com destaque para a indústria de transformação, com 24.815 empregos encerrados, e a agropecuária, com menos 19.161.

Sair da versão mobile