Juiz de Fora manteve-se na quinta posição no estado e perdeu uma colocação no país, ficando em 57º lugar, considerando o Produto Interno Bruto (PIB) de 2013, mapeado e divulgado pela Fundação João Pinheiro (FJP) ontem. A participação no bolo mineiro segue inalterada (2,7%) na comparação com o ano anterior. Tendo por base 2010, os números se mantêm iguais aos de 2013, com exceção da participação no estado, que era um pouco maior (2,9%).
Com PIB de R$ 13,279 bilhões, o município perde espaço para Belo Horizonte, Uberlândia, Contagem e Betim, nesta ordem. Na comparação com 2012, a cifra sofreu aumento de 10,57%. Na época, o valor apurado no município era de cerca de R$ 12 bilhões. Em relação ao PIB per capita, a cidade não conseguiu figurar entre os dez mais. O valor apurado foi de R$ 24.323,55, que representa aumento de 6,37% ante o do ano anterior (R$ 22.864,91).
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Geração de Emprego e Renda, André Zuchi, considera o resultado satisfatório. Na sua opinião, a manutenção da quinta posição no estado é positiva, mesmo com toda a dificuldade enfrentada pela Zona da Mata. O desafio, diz, é continuar trabalhando para conseguir não só manter a posição, como aumentar o valor monetário do PIB, para que a cidade figure entre os quatro maiores municípios do estado. Se Belo Horizonte e Uberlândia têm posições consolidadas, Zuchi avalia que Juiz de Fora tem se aproximado das maiores cidades industriais mineiras: Betim e Contagem. “Não é o resultado dos sonhos, nem de todo o esforço que estamos fazendo esses anos todos, mas mostra a manutenção do equilíbrio em um momento difícil.”
Os dados foram divulgados ontem pelo Centro de Estatística e Informações da FJP, que apresentou resultados do PIB, PIB per capita e dos valores adicionados brutos da agropecuária, indústria, serviços e administração pública para os municípios mineiros em 2013 e os dados revisados de 2010, 2011 e 2012. De acordo com o estudo, em 2013, Belo Horizonte e Uberlândia concentraram 22% do PIB estadual, com participações de 16,7% e 5,3%, respectivamente. Dez municípios, incluindo os dois, eram responsáveis por 43,6% do PIB mineiro. Em 2010, essa soma era de 46,1%, uma queda de 2,5 pontos percentuais em três anos.
Para o pesquisador da FJP, Reinaldo Morais, os números mostram a forte concentração na geração de riqueza em Minas, estado tradicionalmente conhecido pela significativa desigualdade regional. “O desafio passa não só pela diversificação espacial da atividade produtiva, mas também pela diversificação das atividades econômicas desenvolvidas no estado, principalmente aquelas de maior valor agregado”, pondera.