Pelo menos por enquanto, está mantida para esta quarta-feira (21) a greve dos trabalhadores do transporte público. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte de Juiz de Fora (Sinttro), ainda não há um acordo para reverter o movimento, que pode ter início a partir da meia-noite. Desde 16h desta terça-feira (20), sindicalistas e empresários estão reunidos em um escritório de advocacia, no Centro, para tentar chegar a um acordo. Até por volta das 20h45, a categoria aguardava a apresentação de uma proposta por parte dos patrões, que estariam, a portas fechadas, buscando possibilidades para a negociação. A assessoria de imprensa dos consórcios que exploram o transporte público no município, o Cinturb, confirmou a reunião. A previsão é de que as conversas prossigam até por volta das 23h.
O movimento grevista foi comunicado 72 horas antes de ser deflagrado, conforme determina a legislação. Nesta tarde, segundo a assessoria de imprensa do sindicato, foi feita panfletagem em pontos estratégicos da cidade para reforçar a notícia do início da greve junto aos usuários. Durante a tarde, a Tribuna tentou acompanhar este trabalho, mas não localizou a distribuição dos informativos.
Inicialmente, motoristas e cobradores reivindicam reajuste salarial de 2%, para ser contado a partir de primeiro de fevereiro deste ano, além de 1% de ganho real mais a variação do INPC. Também pedem aumento no tíquete-alimentação de R$ 330 até julho e R$ 350 a partir de julho, além da manutenção das demais cláusulas existentes no acordo coletivo de 2017.
Histórico
O histórico das negociações de motoristas e cobradores junto aos patrões começou no dia 8 deste mês, por intermédio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), quando três propostas foram definidas: uma dos trabalhadores, uma dos empresários e uma intermediária sugerida pelo ministério. Na primeira assembleia realizada após a reunião, a categoria acolheu apenas a proposta do Sinttro, que foi levada novamente aos empresários sob aviso de que se não fossem acatados os pedidos, a greve seria convocada. Na última quinta (15), houve uma abertura dos empresários para que fosse realizada nova rodada de negociação, devido à possibilidade de greve, que estaria pré-agendada para a segunda (19), mas foi adiada para a meia-noite desta terça-feira (20).