Juiz de Fora é a quarta cidade com maior número de formalizações no estado, com 24.330 microempreendedores individuais (MEIs) até junho. O número representa 3% do total de MEIs em Minas Gerais (813.349). No ranking, o município só perde para Belo Horizonte (17%), Contagem (3,9%) e Uberlândia (3,8%). Este é o resultado do mapeamento da formalização realizado pelo Sebrae Minas.
De olho no desempenho das cidades mineiras melhor ranqueadas, o analista do Sebrae Minas, Breno de Oliveira, avalia que são cidade de grande contingente populacional, “com potencial econômico e importantes centros comerciais, propícias para a geração de negócios”. Dentre as regiões mineiras, Zona da Mata e Vertentes ocupa o segundo lugar, com 101.916 MEIs ou 12,5% do total. Em primeiro lugar está o Centro, com 293.719 empreendimentos com este perfil ou 36,1% do total. Juntas, as duas regiões concentram quase a metade dos formalizados do estado, ou seja, mais de 395 mil MEIs. O mapeamento apontou, ainda, que Minas Gerais é o segundo estado com maior adesão à figura jurídica, representando 11,5% do total verificado no país, só perdendo para São Paulo (1.839.316).
Considerando o perfil dos negócios, há uma prevalência dos homens (53%) entre os donos ante as mulheres (47%). Porém, elas são mais da metade dos formalizados nos setores da indústria e de serviços. Por outro lado, na construção civil, elas ainda têm pouca representatividade com apenas 5% dos formalizados. Os dados mostram, ainda, que em 20 atividades permitidas para formalização, elas representam 100% dos MEIs. Entre elas, estão comércio por atacado de motocicletas e motonetas; atividades de gravação de som e de edição de música; suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação e clubes sociais, esportivos e similares.
Os setores de serviço e comércio somam, juntos, 74% dos MEIs no estado, totalizando quase 600 mil formalizados nos dois segmentos. As atividades que lideram o ranking de formalização são: cabeleireiro (73 mil), comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios (64 mil), obras de alvenaria (39 mil), bares (23 mil) e lanchonetes (22 mil), sempre considerando o cenário mineiro.
Exclusão de inativos
Em janeiro de 2018, o MEI em débito com o pagamento de tributos nos últimos três anos e que não entregou a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI) teve seu CNPJ excluído do Simples Nacional. Em Minas Gerais, 117 mil CNPJs foram cancelados. Conforme o Sebrae, 74% dos MEI excluídos foram dos setores de comércio e serviços. Apesar da exclusão, no primeiro semestre deste ano, foram contabilizadas 75.693 novas formalizações, totalizando 813.349 MEIs até o mês passado.