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Epamig investe R$ 2 mi para revitalização do Instituto de Laticínios Cândido Tostes

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Jurados terão que avaliar mais de 200 produtos inscritos na disputa deste ano (Foto: Felipe Couri)
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O Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) deve receber investimentos superiores a R$ 2 milhões para ser revitalizado. A licitação para parte do projeto já está nas ruas. A expectativa é que, em agosto, tenham início as obras propriamente ditas. O projeto prevê a criação de um Centro de Capacitação em Laticínios, orçado em R$ 1,5 milhão, com salas de aula, ambiente para as empresas parceiras e dormitórios, além de nova estrutura de laboratórios. Também está prevista a reforma do almoxarifado, da biblioteca e do refeitório, além da criação de um centro de convivência. O anúncio foi feito pelo presidente da Epamig, Rui Verneque, durante a abertura oficial da edição 2017 do Minas Láctea. Segundo ele, os recursos estão garantidos. “Minha expectativa é de conclusão até o final do ano.”

Sobre a fábrica do ILCT, o presidente da Epamig afirmou que está satisfeito de a produção comercial ter sido retomada, mas argumentou que conduzir uma unidade fabril dentro de uma estrutura pública não é uma tarefa fácil. Segundo Verneque, está em fase avançada o estudo, junto à Codemig, de um modelo de parceria público privada (PPP), para conduzir os trabalhos “a um nível mais elevado”. O presidente disse que a unidade tem capacidade de processar até 30 mil litros, mas hoje opera com mil litros, “numa escala muito menor do que a gente espera”. Verneque também destacou que tem autorização para produção de 12 produtos, mas hoje são produzidos apenas seis. “Temos margem para, nos próximos meses, colocarmos mais seis produtos no mercado.”

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Evento anual

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Questionado se há possibilidade de o Minas Láctea voltar a ser realizado anualmente, o presidente respondeu que sim. Verneque lembrou, porém, que o evento não é exclusivo da Epamig – Cândido Tostes, mas realizado em parceria com a iniciativa privada. Segundo ele, a decisão de promovê-lo a cada dois anos foi conjunta, da diretoria da Epamig com o empresariado. “Vamos retomar a discussão e, se houver acordo, podemos, sim, voltar à realização anual.” Ele destacou a importância do posicionamento do mercado. “Eu sou da opinião que deveria realizar anualmente. Uma vez não realizando, você abre espaço para a concorrência.” O executivo ponderou, no entanto, que o mercado sabe o que é melhor para o ramo. “A nossa função é ajudar o setor a se desenvolver.”

Durante a solenidade de abertura, também foi lançada a placa de caseína, um selo de origem, que é comestível e aplicado ao queijo minas padrão. O produto inovador foi usado em uma escala inicial de 500 queijos e visa a garantir segurança ao consumidor.

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Expomaq dobra previsão de negócios

A fila numerosa na entrada do Expominas, poucas horas depois da abertura dos portões, e os corredores cheios de visitantes resultaram na revisão das cifras do evento. A expectativa inicial da organização de atingir a marca de R$ 100 milhões em negócios foi dobrada pelo coordenador de Negócios da Expomaq, Antônio Nunes. Segundo ele, mais de 200 estandes foram negociados e estão ocupados por 111 expositores, vindos de dez estados diferentes e dois outros países: Itália e Argentina.

Nunes destacou o número recorde de estreantes, 30, além do know-how mais variado do que o habitual, com a apresentação de itens que vão desde pequenos insumos da parte laboratorial até grandes maquinários. Entre as novidades do mercado estão equipamentos para análise imediata de resíduos no leite e derivados no início da cadeia produtiva.

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As enzimas com zero lactose, uma tendência crescente no mercado, e a presença de empresas, não necessariamente do ramo, que passam a disponibilizar equipamentos e serviços para o setor lácteo também foram destacadas. Conforme o coordenador, o preço das máquinas varia de R$ 1 mil a R$ 500 mil. “A feira está oferecendo não apenas mais tipos de produtos, serviços e equipamentos, mas também novos fornecedores.”
Já na terceira participação no Minas Láctea, o assessor da Facchinietti, Tito Pegorini, que também é técnico queijeiro, explica que o motivo de vir ao país é apresentar a tecnologia italiana de fracionamento de produtos lácteos, reconhecida na Europa, que seria inédita no mercado brasileiro. Segundo ele, a empresa italiana está vendendo muitas máquinas no país, e a expectativa é de elevar ainda mais os negócios com a participação no evento.

Queijo com avelã e queijo com cachaça

Separados por uma parede de vidro, representantes das 62 empresas de várias partes do país – que estão na disputa no 43º Concurso Nacional de Produtos Lácteos – observavam, do outro lado, os 31 jurados que avaliavam os mais de 200 produtos inscritos. Nessa terça-feira, a análise ficou concentrada em cinco categorias: doce de leite, gouda, prato, gorgonzola e destaque especial. O julgamento segue nesta quarta, com outras seis categorias: minas padrão, reino, manteiga, parmesão, provolone defumado e requeijão cremoso. O resultado, com os três primeiros lugares de cada categoria, será conhecido no fechamento do evento, na quinta-feira.

Só na categoria destaque especial são 17 produtos na disputa, como doce de leite com café, creme de ricota com damasco, queijo maturado na cachaça, queijo minas recheado com avelã, bombons recheados com queijo boursin e doce de leite argentino. Segundo o coordenador do concurso, Fernando Magalhães, este ano, houve número recorde de inscritos, motivado, segundo ele, pelo aumento da concorrência no mercado. Magalhães destacou a preocupação dos laticínios com a qualidade dos produtos apresentados, a tradição do concurso e o reconhecimento do mercado aos itens mais bem classificados.

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Degustação

Envolto a uma infinidade de queijos, doces, iogurtes e manteigas, o coordenador da Expolac, Nelson Tenchini, destacou o novo formato da feira, em que o consumidor não apenas visita a exposição, mas tem a oportunidade de degustar parte dos itens expostos e conversar diretamente com os fabricantes. As palestras de harmonização de bebidas, como vinho, cerveja artesanal e cachaça, com queijos, segundo ele, abrem o leque para o consumo de derivados, além de estreitar a relação com a ponta da cadeia. “O visitante quer ver e consumir o produto. É isso que estamos proporcionando este ano.”

Além de atrair grandes compradores, a intenção é, também, fidelizar o público comum, tornando-o consumidor mais regular de produtos não tão habituais. Este ano, participam da Expolac 62 empresas com cerca de 150 produtos. Um dos destaques do mix apresentado é a linha de queijos e leites de cabra e búfala.

Medalha Cândido Tostes agracia personalidades

Durante a abertura, realizada na noite dessa terça-feira e que contou com a presença de autoridades políticas e empresariais não apenas da cidade como do estado, o ponto alto foi a homenagem a personalidades que têm contribuído para reforçar o papel do ILCT como referência em ensino, pesquisa e difusão de tecnologia em leite e derivados.

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A Medalha Instituto de Laticínios Cândido Tostes, criada em 2010 para comemorar os 75 anos da instituição, foi concedida ao professor e pesquisador da Dupont, Múcio Mansur Furtado; o presidente da Fapemig, Evaldo Ferreira Vilela; o gerente do Departamento de Operações da Indústria de Laticínios Barbosa & Marques, Antônio Maurício da Costa; o presidente da Fiemg, Olavo Machado Júnior; e o embaixador da Dinamarca, Kim Hojlund Christensen. Os homenageados foram escolhidos por votação do conselho deliberativo.

Também teve início nessa terça a programação técnica e científica do evento, com a realização do 31º Congresso Nacional de Laticínios e a 38ª Semana do Laticinista, além dos eventos especiais “Encontro técnico sobre a qualidade intrínseca do leite”, “Seminário latino-americano: 3º Inovalácteos” e “Certificação para exportação para os EUA”.

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