Atualizada às 11h50
A planilha de cálculos de reajuste para as tarifas de táxi em Juiz de Fora foi apresentada, na manhã desta quarta-feira (18), na Câmara Municipal. Durante a audiência pública, que contou com a participação de apenas três vereadores, o secretário de Transporte e Trânsito (Settra), Rodrigo Tortoriello, mostrou detalhes do documento. O reajuste de até 8,8% já havia sido aprovado pelo Conselho Municipal de Transportes na última semana. A planilha segue agora para avaliação do Executivo. Não havendo nenhum tipo de contestação, a previsão é que entre em vigor após publicação no Atos do Governo, no dia 1º de abril. O documento oficial foi divulgado no site da Prefeitura logo após a apresentação, confira aqui.
Durante a audiência, o vereador José Emanuel (PSC) questionou se a planilha levava em consideração os valores de investimentos gastos pelos motoristas de táxi com os veículos, algo que foi confirmado pelo secretário. Estiveram presentes, ainda, os vereadores José Márcio (Garotinho-PV) e André Mariano (PMDB), que não levantaram questionamentos. José Márcio ressaltou a importância da apresentação. “É um processo simples, mas necessário.”
Cálculo
Segundo a assessoria da Settra, a planilha de cálculo foi realizada com base em custos fixos e variáveis. Os fixos levam em consideração a depreciação, remuneração, salários e encargos, seguro obrigatório, taxa de licenciamento, limpeza e uniforme. Já os variáveis, que dependem da quilometragem percorrida, são definidos por combustível, óleos e lubrificantes, rodagem e peças e acessórios. Outros parâmetros utilizados para a definição dos novos valores foram o coeficiente de Ocupação (54%), o percurso médio mensal (2.795 Km), o número de viagens realizadas (377 viagens por mês) e a corrida média remunerada (3,7 Km).
Com isso, a bandeirada passaria de R$ 4,34 para R$ 4,72, o quilômetro rodado de R$ 2,17 para R$ 2,36 na bandeira 1 e de R$ 2,60 para R$ 2,83 na bandeira 2. Já a hora parada iria dos atuais R$ 19,42 para R$ 21,13. O percentual de 8,8% do reajuste é superior à inflação de 7,7% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no período de fevereiro de 2014 a fevereiro de 2015. Em nota, a assessoria da pasta informou que “a reavaliação da tarifa ocorreu para atender a uma demanda dos profissionais”. O texto diz, ainda, que a Settra “buscou otimizar ao máximo os custos da planilha para não onerar os usuários e considerou que esse aumento se faz necessário.”