Juiz de Fora abre 50 postos de trabalho em janeiro

Juiz de Fora abriu 50 postos de trabalho em janeiro deste ano, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério da Economia na última terça-feira (16). O desempenho é resultado das 3.781 admissões ante as 3.731 demissões feitas no período. Em janeiro do ano passado, a cidade registrou saldo negativo, cortando 422 empregos com carteira assinada. O sutil aumento na empregabilidade foi ditado, sobretudo, pelos saldos de indústria e serviços, setores que, inclusive, tiveram melhor desempenho em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto serviços, em janeiro de 2020, perdeu 43 vagas, neste primeiro mês de 2021 o setor conseguiu absorver 140 trabalhadores.

Na avaliação do presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), entidade que também representa parte do setor de serviços, Emerson Beloti, o resultado pode estar relacionado ao cenário de desemprego que vive outros segmentos, entre eles o comércio. “Não podemos generalizar, mas boa parte desse aumento está relacionada àquelas pessoas que perderam seus empregos no comércio varejista, por exemplo, não conseguem se empregar novamente no setor e migram para serviços. Também existem alguns setores de serviços que não sofreram tanto com a queda da empregabilidades, como é o caso da área de telecomunicações, por exemplo”, avalia.

Embora o desempenho geral tenha sido positivo, o setor comercial continua amargando perdas. De acordo com o Caged de janeiro, 303 pessoas perderam seus vínculos de trabalho no segmento. O prognóstico do presidente do Sindicomércio, inclusive, prevê queda ainda maior na empregabilidade do comércio nos próximos meses, em função do atual fechamento das atividades econômicas na cidade devido às medidas de restrição impostas pela onda roxa (lockdown).

“Esse resultado positivo de 50 vagas é pífio em relação à grande demanda por empregos. Representa muito pouco em uma cidade do porte populacional de Juiz de Fora, que tem como maior empregador o setor comercial, segmento que vem tendo muitos prejuízos e perdas. Infelizmente, não vemos com bons olhos os próximos resultados do Caged, porque as empresas enfraqueceram muito ao longo de 2020. No ano passado, foram 140 dias de fechamento, este ano já estamos caminhando para 20, já que ficamos uma semana fechados em janeiro. Então, vai haver muito mais queda que no ano passado”, sinaliza. Na análise setorial (ver quadro), o comércio foi a única atividade econômica a perder empregos em janeiro, com menos 303 postos.

Minas e Brasil apresentaram resultados positivos

Minas Gerais também abriu 2021com saldo positivo na criação de empregos. Segundo os dados do Caged, no primeiro mês deste ano foram criados 25.617 postos de trabalho formais. O desempenho do estado é resultado da admissão de 157.060 e 131.429 desligamentos. Os número superaram o do mês anterior e o de janeiro do ano passado – 5.337 desligamentos e 4.957 admissões, respectivamente -, além de apontarem Minas como o quarto maior estado do país em saldo de empregos, atrás de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O Brasil também apresentou saldo positivo em janeiro, com um resultado de 260.353 empregos formais. A performance é a melhor da série histórica para o mês de janeiro e é resultado de 1.527.083 admissões e 1.266.730 desligamentos. O número também é maior do que o registrado em dezembro de 2020, quando a geração de empregos ficou em 142.690 postos de trabalho no país.