Juiz de Fora está em 25º lugar no ranking das cem melhores cidades do país para se investir em imóveis no segundo semestre deste ano. A relação, que mensura a potencialidade de retorno para este tipo de investimento, foi feita pela consultoria Prospecta Inteligência Imobiliária e divulgada, com exclusividade, pela Revista Exame.com. O primeiro lugar ficou com São Bernardo do Campo, em São Paulo. Em Minas, o município perde espaço para Uberlândia (8º) e Contagem (16º).
Com potencial considerado “ótimo” para investir em imóveis de baixo, médio e alto padrão, a pesquisa aponta que Juiz de Fora possui déficit habitacional de 32% e média salarial de seis mínimos entre a sua população. A pontuação no ranking foi de 0,604. Juiz de Fora manteve a mesma posição ante a primeira edição do estudo, divulgada em fevereiro deste ano, apesar de apresentar queda na pontuação: 0,637. Para a consultoria, a redução prevalente entre os municípios avaliados indica que o nível de atratividade, de uma forma geral, diminuiu no primeiro semestre.
A partir desta constatação, o diretor da Prospecta, Cristiano Rabelo, afirma que o mercado ainda oferece boas oportunidades, que, no entanto, não são tão óbvias quanto antes. “A crise mostra que, para encontrar oportunidades, não adianta mais seguir a manada e estar onde a oferta está. Quem determina o preço é quem compra, por isso o investidor deve identificar onde estão os compradores e oferecer o que eles buscam”, disse à Exame.
Na análise, que prioriza a demanda ante a oferta, foram considerados os 5.553 municípios com menos de um milhão de habitantes, o equivalente a 99% das cidades brasileiras, detalhando características de demanda de cada uma delas. Conforme a Prospecta, as cem cidades que lideram o ranking são regiões que devem se destacar no mercado imobiliário brasileiro nos próximos meses e anos por possuir não só uma demanda aquecida, como de qualidade.
Em comum, os municípios ranqueados apresentam características como renda per capita elevada, população com alto nível de instrução e de vínculo empregatício, número considerável de empresas atuantes e déficit imobiliário elevado. “Esses e outros fatores foram analisados e ponderados de maneira a conferir uma nota final para cada cidade, a pontuação P2i-Lead”, explica a empresa.