O anúncio do aumento do preço dos combustíveis feito pela Petrobrás, na última terça-feira (15), já pode ser sentido pelos motoristas de Juiz de Fora. A Tribuna consultou postos da cidade, na manhã desta quarta-feira (16), e constatou que o reajuste já chegou nas bombas, sendo possível encontrar a gasolina comum por até R$ 6,14. O levantamento realizado pela reportagem, com dez estabelecimentos do município, apontou que o combustível aumentou R$ 0,27 em relação ao valor vendido na semana passada.
De acordo com os dados da última pesquisa divulgada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), a gasolina comum estava sendo vendida a R$ 5,62 entre os dias 6 e 12 de agosto em Juiz de Fora. Com o reajuste, o preço médio do combustível na cidade subiu para R$ 5,89. O valor mínimo encontrado foi de R$ 5,62.
De acordo com a estatal, o crescimento de 16,2% no preço da gasolina e de 25,8% do diesel em suas refinarias contribui para a redução da defasagem em relação ao mercado internacional e também diminui o risco de faltar combustível no país. Tendo em vista a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro que resultam na composição da gasolina, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba. Segundo a empresa, a variação acumulada do preço de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras é uma diminuição de R$ 0,15 por litro no ano.
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A Petrobras afirmou, em nota, que a nova estratégia comercial possibilitou o controle do preço do combustível mesmo com a volatilidade do mercado internacional. No entanto, o cenário levou a estatal ao limite de sua capacidade operacional e ao aumento das importações de combustíveis. Com isso, a elevação do combustível seria a única alternativa.
“Ciente da importância de seus produtos para a sociedade brasileira, a companhia reitera que na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preservar um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”, manifestou a Petrobras.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que o reajuste anunciado pela estatal é “justo” e que a companhia tem o objetivo de segurar a volatilidade e não necessariamente o preço dos combustíveis. “Agora, atingimos uma coisa que não é volatilidade apenas, chegamos a um patamar diferente e tivemos que fazer um ajuste para chegar num valor marginal de novo, aquele que a gente não sai da mesa porque não vende”, afirmou Prates em entrevista a Globo News.