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Caminhoneiros insatisfeitos com pacote já falam em greve em maio

greve fernando
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Caminhoneiros não ficaram satisfeitos com o pacote de medidas anunciadas nesta terça (16), pelo Governo Jair Bolsonaro para ajudar a categoria. Nos grupos de WhatsApp acompanhados pela reportagem, o plano foi visto como uma “cortina de fumaça”, uma forma de protelar uma possível greve dos motoristas. Alguns já falam, com exaltação, em nova paralisação em 21 de maio – exatamente um ano depois da greve que paralisou o país – caso a situação não melhore.

Os caminhoneiros afirmam que não estão pedindo dinheiro para o Governo, mas sim melhores condições de trabalho. Nas discussões, eles afirmam que soluções como a linha de crédito para manutenção do caminhão, com taxas menores, já foi testada em outras ocasiões, mas não são colocadas em prática. Eles citam o cartão-caminhoneiro para compra de combustíveis, que não funciona para todo mundo.

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A grande reclamação é que a situação dos caminhoneiros está tão precária que poucos conseguiriam ter acesso ao crédito. Muitos, dizem eles, estão com o nome sujo na praça. Além disso, pegar crédito agora seria decretar a morte dos motoristas em alguns anos. “Estão dando a corda para gente se enforcar”, dizia um deles.

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Logo após o anúncio da linha de crédito para profissionais autônomos, Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, um dos líderes dos caminhoneiros, disse que a medida agradava a categoria e até poderia evitar a greve, mas esperava uma manifestação de Bolsonaro para bater o martelo sobre a questão. “Inicialmente, claro que o pacote agrada (a categoria). Mas preferimos aguardar o que o presidente vai falar para comunicar oficialmente o posicionamento dos caminhoneiros”, diz o líder.

BNDES
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou uma linha de crédito específica para o caminhoneiro autônomo de até R$ 30 mil que tenham até dois caminhões por CPF para compra de pneu e manutenção de veículos. A linha de crédito, que está sendo desenhada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), terá R$ 500 milhões disponíveis na primeira liberação.

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Segundo Onyx, a linha de crédito começará a ser disponibilizada pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. “Depois para os demais brancos e cooperativas de crédito pelo Brasil”, afirmou o ministro, sem dar data de quando a linha será efetivamente liberada.

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