A Black Friday, uma das datas mais importantes para o comércio, está próxima. Neste ano, ela acontecerá no dia 29 de novembro, a última sexta-feira do mês. De acordo com o Núcleo de Pesquisa e Inteligência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio/MG), 46,5% dos estabelecimentos irão adotar ações para atrair o consumidor, seja com promoções ou descontos. O levantamento realizado pela Fecomércio também aponta que, para 61,3% dos empresários do comércio varejista, o período de ofertas da Black Friday não interfere no Natal. Além disso, outros 21,8% disseram que notam interferência positiva. Nesse sentido, alguns estabelecimentos de Juiz de Fora já se anteciparam e iniciaram as ações especiais para a data.
Silvana Pereira, diretora setorial do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio/JF), também é empresária do ramo de moda e vestuário e resolveu antecipar as promoções. “Em vez de fazer a Black Friday, estamos fazendo a Black November. No início de novembro, iniciamos as ações que faríamos somente no final do mês. Antecipamos com a expectativa de crescimento das vendas e para fazer um aquecimento para o Natal, também em cima dessa venda do Black Friday”, explica.
Silvana relata que as ações não serão restritas a promoções. “Temos várias ações programadas para o mês, como sorteios. As lojas serão abertas nos finais de semana também, com preços especiais, tudo focado na venda da Black Friday.”
Black Friday também impacta na quantidade de empregos
Assim como o número de vendas durante o período da Black Friday deve aumentar, a quantidade de vagas para o comércio também deverá crescer, conforme o presidente do Sindicomércio, Emerson Beloti. “A expectativa é que cerca de mil vagas temporárias sejam criadas, e que 30% dessas vagas se efetivem em janeiro, para que as pessoas continuem trabalhando no comércio. Sempre esperamos que as vendas sejam maiores do que as do ano anterior”, projeta.
Atenção na hora de comprar
Apesar da expectativa de o consumidor ter acesso a promoções exclusivas durante a Black Friday, é necessário ter atenção para possíveis práticas abusivas. A Agência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) lista uma série de ações que se enquadram como irregulares. “Não apresentar informação clara e precisa sobre os preços dos produtos, colocar a precificação somente dentro dos estabelecimentos obrigando a entrada nas lojas, não cumprir o divulgado em propagandas e venda casada são algumas delas”, explica a gerente do Departamento de Estudos, Pesquisas e Projetos do Procon, Gisele Zaquini.
“Em caso de irregularidades, o Procon pode aplicar as sanções previstas na Lei Federal 8.078/90, quais sejam multa, suspensão da comercialização, apreensão ou inutilização, cassação do registro e proibição de fabricação do produto”, complementa Gisele, relatando as possíveis sanções a estabelecimentos que forem flagrados com práticas abusivas ao consumidor.
Para que o consumidor se previna, Gisele lista algumas dicas na hora da compra. “Pesquisar por produtos que gostaria de comprar com bastante antecedência e aproveitar para acompanhar a evolução dos preços.” Ela ainda adverte que algumas lojas podem aumentar o valor do produto dias antes e dar um desconto no dia da Black Friday, para parecer que realmente vale a pena comprar. “Outras informações também precisam ser conferidas, como a data de vencimento, os valores de pagamento e se existem erros ortográficos no boleto. Nos pagamentos por Pix, os cuidados também devem ser os mesmos”, recomenda.
Estagiário sob supervisão da editora Fabíola Costa