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Abrasel e Sindicomércio contam prejuízos e esperam reabertura

rua coronavirus comercio lojas by fernando 2
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Para a presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/Zona da Mata), Francele Galil, a expectativa é de haver flexibilização e reabertura de bares e restaurantes, após o anúncio do governador Romeu Zema, nesta quinta-feira (15), sobre a migração de Juiz de Fora e toda a macrorregião Sudeste para a onda vermelha. “Sabemos que essa reabertura ainda será na corda bamba, porque os números ainda estão em linha muito tênue, mas se for feita de forma comprometida com os protocolos, é possível.”

Ela pontuou que, com seis semanas de lockdown – imposto desde o dia 7 de março, quando foi estabelecido pelo Município no programa Juiz de Fora pela Vida, continuando a partir do dia 14 com o Minas Consciente -, mais bares e restaurantes não resistiram e precisaram fechar as portas, porque não suportaram trabalhar apenas com entregas ou retiradas nas lojas. “Mesmo com todos fechados, continuamos com o acometimento da doença. Ou seja, o motivo (da alta incidência) não é o bar, o restaurante ou o comércio. Mas a conta chega para o setor produtivo, uma vez que o cidadão não se compromete a cumprir os protocolos.”

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Francele reforça que muitas empresas do setor foram projetadas para atender a 40, 50, até 100 pessoas e, portanto, não pagam suas contas, inclusive de funcionários, apenas com as modalidades de delivery ou take away. “A dificuldade permanece. Nossa expectativa agora também é de aprovação da MP (Medida Provisória) do Bem, para tentar desafogar e tentar manter ainda alguns bares e restaurantes abertos. Não vai voltar ao normal, mas a sociedade precisa ter a consciência comportamental, tanto pelo lado da saúde, quanto da sobrevivência econômica, porque todo mundo precisa de trabalho.”

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Também procurado nesta quinta pela Tribuna, após o anúncio de Zema, o presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), Emerson Beloti, pondera que é preciso aguardar o posicionamento da prefeita Margarida Salomão, mas acredita que se não houver surpresas, o comércio vai poder voltar a trabalhar. “Percebemos que esses dias todos em que ficamos fechados, os números não caíram. Isso mostra, mais uma vez, que o comércio não é o vetor disso. As pessoas trabalhando têm mais cuidado, porque quem está sem trabalhar em casa, acaba relaxando, provocando encontro sem máscara”, exemplificou, garantindo que o setor sempre cumpriu os protocolos.

Dados do Sindicomércio apontam que de 20% a 40% dos cerca de dez mil lojistas estão seriamente endividados. Como a média é de quatro a cinco funcionários para cada, isso impactaria de 16 a 20 mil pessoas. “Infelizmente, estamos perdendo muitas vidas. Mas o comércio fechado não está adiantando, vai acabar por termos à frente o problema da empregabilidade. Vamos atravessar esse processo de vacinação, mas a pandemia vai permanecer por um tempo, com a máscara (e outras medidas) fazendo parte. Então vejo esse abre e fecha com muita preocupação, porque o empresário não suporta mais”, avalia Beloti.

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Ele complementa que, apesar da possível reabertura próxima, a expectativa com as vendas ainda é tímida, com projeção de queda de 40%, com base na estimativa daqueles que estão abertos como serviços essenciais. “Não temos garantia de que vamos vender quando voltarmos, e há cerca de quatro mil lojistas com grandes problemas financeiros.”

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